02.01.2008 - 15h58 Lusa
O biólogo português José Carlos Brito, da Universidade do Porto, está a preparar um projecto de investigação sobre os crocodilos que vivem em pequenas lagoas no deserto do Sahara, financiado com 20 mil euros pela National Geographic Society.
"Pode parecer um bocado estranho, mas há mesmo crocodilos no meio do deserto, são populações que sobreviveram à desertificação", afirmou hoje o investigador, recordando que "o Sahara não era um deserto há quatro ou cinco mil anos". Estes animais vivem actualmente em pequenas lagoas, algumas apenas com cem metros quadrados, nas montanhas do Tagant, na Mauritânia, onde José Carlos Brito chegará em Setembro para iniciar os trabalhos de campo.
Um dos principais objectivos desta investigação está relacionado com o processo de evolução destes animais ao longo dos últimos milhares de anos em que viveram em pequenos micro-habitats isolados.
"Vamos recolher amostras do máximo número possível de crocodilos para tentar perceber a evolução que houve (relativamente aos animais que ali ficaram isolados há quatro ou cinco mil anos)", salientou.
A bolsa de investigação, que a National Geographic atribuiu ao biólogo português, envolve um trabalho sobre a população de peixes, anfíbios e répteis existentes na Mauritânia, destacando-se a questão dos crocodilos como um objectivo específico.
"A ideia é fazer uma espécie de atlas da distribuição dos peixes, anfíbios e répteis em todo o território da Mauritânia", frisou o investigador, que acabou de chegar daquele país africano, naquela que foi a primeira viagem ao terreno para começar a preparar o trabalho que tem pela frente.
José Carlos Brito, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, prevê regressar à Mauritânia em Setembro de 2008 e na Primavera de 2009, em ambos os casos para permanências de dois meses e meio.
Este investigador é o primeiro português a receber duas bolsas de investigação da National Geographic, depois desta instituição lhe ter financiado, em 2004, um projecto sobre as lagartixas-de-dedos-denteados (Acanthodactylus erythrurus).
Na sequência desse trabalho, que o levou a percorrer vários países da África Ocidental, José Carlos Brito publicou dois artigos científicos, que se juntaram aos mais de 30 trabalhos que já publicou em várias revistas científicas mundiais.
Artigo publicado em Público
"Pode parecer um bocado estranho, mas há mesmo crocodilos no meio do deserto, são populações que sobreviveram à desertificação", afirmou hoje o investigador, recordando que "o Sahara não era um deserto há quatro ou cinco mil anos". Estes animais vivem actualmente em pequenas lagoas, algumas apenas com cem metros quadrados, nas montanhas do Tagant, na Mauritânia, onde José Carlos Brito chegará em Setembro para iniciar os trabalhos de campo.
Um dos principais objectivos desta investigação está relacionado com o processo de evolução destes animais ao longo dos últimos milhares de anos em que viveram em pequenos micro-habitats isolados.
"Vamos recolher amostras do máximo número possível de crocodilos para tentar perceber a evolução que houve (relativamente aos animais que ali ficaram isolados há quatro ou cinco mil anos)", salientou.
A bolsa de investigação, que a National Geographic atribuiu ao biólogo português, envolve um trabalho sobre a população de peixes, anfíbios e répteis existentes na Mauritânia, destacando-se a questão dos crocodilos como um objectivo específico.
"A ideia é fazer uma espécie de atlas da distribuição dos peixes, anfíbios e répteis em todo o território da Mauritânia", frisou o investigador, que acabou de chegar daquele país africano, naquela que foi a primeira viagem ao terreno para começar a preparar o trabalho que tem pela frente.
José Carlos Brito, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto, prevê regressar à Mauritânia em Setembro de 2008 e na Primavera de 2009, em ambos os casos para permanências de dois meses e meio.
Este investigador é o primeiro português a receber duas bolsas de investigação da National Geographic, depois desta instituição lhe ter financiado, em 2004, um projecto sobre as lagartixas-de-dedos-denteados (Acanthodactylus erythrurus).
Na sequência desse trabalho, que o levou a percorrer vários países da África Ocidental, José Carlos Brito publicou dois artigos científicos, que se juntaram aos mais de 30 trabalhos que já publicou em várias revistas científicas mundiais.
Artigo publicado em Público
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