quinta-feira, julho 26, 2007

Estudo diz que ozono na atmosfera diminui crescimento das plantas e agrava sobre-aquecimento

O ozono está a reduzir a produtividade vegetal de forma significativa, dizem os cientistas

Os efeitos do ozono na troposfera, cuja concentração tem vindo a aumentar desde 1850, podem diminuir o crescimento das plantas, assim como a sua capacidade de absorver o dióxido de carbono e agravar o sobre-aquecimento global ao longo deste século, afirma um estudo publicado na revista “Nature”.

O ozono (O3) na troposfera, a camada mais baixa da atmosfera, prejudica as plantas e afecta a sua capacidade de absorver o dióxido de carbono (CO2), gás com efeito de estufa cuja libertação para a atmosfera acelera as alterações climáticas, escrevem os investigadores.

Apesar do dióxido de carbono ser apontado como um dos responsáveis pelo sobre-aquecimento do planeta, tem um efeito benéfico no crescimento das plantas. O ozono contraria esse efeito, diz Stephen Sitch, investigador na área do clima no instituto de meteorologia britânico Met Office.

“À medida que o CO2 aumenta na atmosfera, isso estimula o crescimento das plantas”, disse Stich. O cientista salientou que muitas simulações que prevêem o impacto das alterações climáticas levaram em conta este efeito mas “não incluíram o outro, o efeito negativo do ozono”.

As plantas e o solo “atrasam” o sobre-aquecimento ao absorver cerca de um quarto das emissões de CO2 mas isso poderá mudar se o ozono troposférico aumentar, alertam os cientistas.

As projecções sobre este aumento no ozono indicam que poderão verificar-se “reduções significativas na produção regional da vegetação e das plantações”.

O efeito do CO2 pode promover a produtividade vegetal global até 88.4 mil milhões de toneladas por ano. Mas se se levar em conta o efeito do ozono troposférico, esse poder do CO2 é de apenas 58.4 mil milhões de toneladas, escrevem os cientistas.

O efeito do ozono significa que as plantas vão absorver menos CO2 da atmosfera.

“O dióxido de carbono é o maior gás com efeito de estufa mas... (o ozono) está a reduzir a produtividade vegetal de forma significativa”, disse Stich.

Artigo publicado em Público

Península da Baixa Califórnia está a separar-se do México

Uma equipa de cientistas norte-americanos e mexicanos descobriu que o processo geológico que separa a Península da Baixa Califórnia, no México, do continente americano converte a crosta terrestre dessa zona numa espécie de "bolacha" que se parte de formas distintas.

"No Golfo da Califórnia encontrámos partes da crosta terrestre que se alongam muito antes de quebrar, enquanto outras apenas se partem", explicou Daniel Lizarralde, líder da investigação publicada na última edição da revista Nature.

Vista aérea de Salton Sea, Golfo da Califórnia e Baixa Califórnia
Vista aérea de Salton Sea, Golfo da Califórnia e Baixa Califórnia

Para usar um termo de comparação mais familiar, o investigador exemplificou com o que acontece à massa das bolachas: "Nas bolachas quentes a massa dilata-se antes de estalar, enquanto a mesma bolacha, quando está fria simplesmente se quebra sem que a massa mude de forma". A única diferença é que, no caso da Península da Baixa Califórnia, todas as zonas da crosta terrestre estão à mesma temperatura, o que torna estranha a diferença na reacção geológica.

Ocorrência há 15 milhões de anos

De acordo com o perito da Instituição Oceanográfica de Woods Hole (EUA), esta ocorrência não se registava há 15 milhões de anos, quando uma erupção vulcânica "sobrecozinhou" algumas partes desta "bolacha" geológica. Mantendo o ponto de comparação, Daniel Lizarralde assinalou que "as bolachas que ficam durante demasiado tempo no forno se tornam mais frágeis do que as menos cozidas, ainda que depois arrefeçam à mesma temperatura".

Por esse motivo, algumas partes do Golfo da Califórnia fragmentaram-se há três milhões de anos, enquanto outras o fizeram muito mais tarde, dando lugar ao actual aspecto da Península, que se estende ao largo de 1.280 quilómetros no Oceano Pacífico. Ainda segundo o cientista, a separação entre a Península e o continente americano está "quase completa", pelo que, dentro de 20 milhões de anos, a porção de terra agora unida ao México será uma ilha.

"Mais acima, no estado da Califórnia, a separação da terra prossegue nos Vales Imperial, Morte e Owens, o que leva a prever que a maior parte do Sul da Califórnia - incluindo as cidades de Los Angeles e San Diego - vai acabar por integrar a Península", revelou o cientista.

Apesar destes movimentos geológicos parecerem prejudiciais, Daniel Lizarralde assegurou que poderão ser benéficos para o México em termos energéticos. Isto porque, com as separações, a lava fica mais próxima da superfície da Terra, o que pode ser utilizado para produzir energia geotérmica, dado que o petróleo está cada vez mais escasso.

Artigo publicado em Ciência Hoje

quarta-feira, julho 25, 2007

A Terra sem humanos


Ver apresentação multimédia em Scientific American


Imagine que em uma manhã o dia começou como qualquer outro, mas com uma grande diferença: todos os humanos desapareceram. Como seria a Terra sem pessoas?

Obviamente, muito mais silenciosa. Mas o que realmente aconteceria? Poderia a natureza apagar todos os traços da nossa existência?

Algumas coisas mudariam rapidamente. Primeiro, os serviços de energia começariam a desligar. Em uma cidade como Nova York, as bombas nos metrôs seriam desligadas e a água invadiria tudo. As ruas acima entrariam em erosão rapidamente e desabariam. Em alguns dias, a natureza começaria a espalhar-se.

Sem a constante atenção dos humanos, o exterior dos edifícios e construções ficaria imundo, racharia, e a vegetação começaria a se enraizar. Passo a passo, um estranho e novo ecossistema urbano começaria a se desenvolver. E rápido.

Dez anos depois e o Central Park está se tornando um vasto pântano, como era no começo.

Cem anos passam e a infra-estrutura de aço de muitos prédios está sendo corroída. As fachadas estão se soltando. Alguns começam a cair. O que antes eram agitadas avenidas, agora são canyons.

Mil anos depois e quem sabe? Com o aquecimento global e a proliferação de descendentes de animais de zoológico, o Central Park começaria talvez a se parecer com algum lugar da África.

Dez mil anos se passam. Talvez algum traço da nossa civilização permaneça, e não apenas o lixo tóxico que geramos para termos combustível para nossa existência.

Uma Terra sem pessoas provavelmente seria muito diferente. Mas quem saberia disso?

Perigo no ar: novos testes revelam milhares de químicos potencialmente nocivos a mais

Ao estudar as interações de substâncias químicas industriais no ar, cientistas descobrem que milhares deles podem se acumular em moléculas de gordura e “viajar” na cadeia alimentar
por David Biello

Perigo no ar? Um novo estudo revela que lobos canadenses estão acumulando substâncias químicas potencialmente perigosas porque, embora elas sejam solúveis em água, não se dissolvem no ar
O inseticida DDT é infame por ser transmitido na cadeia alimentar e, entre outros males, fazer com que a casca dos ovos das águias carecas fique fina como papel. O carcinogênico entra na cadeia alimentar em concentrações baixas mas, devido à capacidade de se esconder em moléculas de gordura, chega a concentrações cada vez mais altas (um processo chamado biomagnificação), passando de algas para larvas e então dos peixes para águias – o que levou à sua proibição nos Estados Unidos em 1972.

No entanto, uma parte importante da “rede de ar” da Terra foi deixada de lado: os animais que respiram, de roedores a seres humanos. Um novo estudo mediu a facilidade com que substâncias químicas saem dos pulmões para o ar em comparação à facilidade com que elas são dissolvidas em gorduras e água. A pesquisa, publicada na Science, revela que milhares delas têm a capacidade de se acumular em animais que respiram ar – e talvez também naqueles que “respiram” água.

Um grande número de substâncias químicas solúveis em água não se dissolve tão bem no ar, se acumulando “especificamente em cadeiras alimentares não-aquáticas: mamíferos, pássaros e seres humanos”, explica o chefe da pesquisa, Frank Gobas, da Simon Fraser University, na Columbia Britânica.

Ver artigo completo em Scientific American

Uma Terra sem humanos

Uma nova forma de avaliar o impacto da humanidade sobre o ambiente é pensar como o mundo se sairia se todas as pessoas desaparecessem
por Alan Weisman
FOTOILUSTRAÇÃO POR KENN BROWN E FOTOGRAFIA POR EMILY HARRISON
DE VOLTA À NATUREZA: Se todos os seres humanos desaparecessem, Manhattan voltaria a ser uma ilha florestada. Muitos arranha-céus cairiam em questão de décadas, minados por fundações alagadas; prédios de pedra como a catedral de Saint Patrick (na representação do artista) sobreviveriam por mais tempo. Ervas daninhas e árvores se enraizariam no asfalto rachado, enquanto aves de rapina se aninhariam nas ruínas e raposas perambulariam pelas ruas
Entrevista com ALAN WEISMAN

INTRODUÇÃO
É uma fantasia comum imaginar que você é a última pessoa viva na Terra. Mas e se todos os seres humanos fossem varridos de repente do planeta? Tal premissa é o ponto de partida de The world without us (O mundo sem nós), nova obra do autor de livros científicos Alan Weisman, professor associado de jornalismo da University of Arizona. Nesse longo exercício de pensamento, Weisman não especifica exatamente o que elimina o Homo sapiens, em vez disso ele simplesmente assume o desaparecimento repentino de nossa espécie e projeta a seqüência de eventos que provavelmente ocorreria nos anos, décadas e séculos a seguir.

Segundo Weisman, uma grande parte de nossa infra-estrutura física começaria a ruir quase que imediatamente. Sem equipes para a manutenção das ruas, nossos grandes bulevares e rodovias começariam a rachar e a ficar abaulados em questão de meses. Nas décadas seguintes, muitas casas e edifícios comerciais ruiriam, mas alguns itens comuns resistiriam à degradação por um tempo extraordinariamente longo. Panelas de aço inoxidável, por exemplo, poderiam durar milênios, especialmente se ficassem enterradas nos sítios pré-históricos cobertos por ervas daninhas em que nossas cozinhas se transformariam. E certos plásticos comuns permaneceriam intactos por centenas de milhares de anos, não se decompondo até que micróbios evoluíssem para adquirir a capacidade de consumi-los.

O editor da SCIENTIFIC AMERICAN Steve Mirsky entrevistou Weisman recentemente para descobrir por que ele escreveu o livro e que lições podem ser tiradas de sua pesquisa. Veja trechos da entrevista nas páginas seguintes.

Ver artigo completo em Scientific American

Crânios contribuem para a teoria da origem humana na África


Padrão de variação de crânios corrobora a idéia de que os humanos modernos suplantaram outras espécies mais antigas
por JR Minkel

ADEUS ÁFRICA: as variações nos crânios modernos de humanos do mundo inteiro, como um do sul da Austrália, corroboram a visão popular de que os humanos modernos emergiram diretamente da África
O formato dos crânios de humanos encontrados no mundo todo pode ter aberto uma nova janela para a compreensão do êxodo dos primeiros humanos modernos da África. De acordo com um novo estudo, grupos de crânios de populações locais que se afastaram mais de seu continente ancestral têm menos variações entre si.

O resultado apóia a popular teoria cientifica de que os humanos modernos saíram da África há 50 mil anos e tomaram o lugar de espécies mais antigas, como os neandertais. O estudo também pode ajudar os pesquisadores a identificar com precisão o berço dos seres humanos na África e como esse êxodo deve ter sido confuso, afirma o geneticista evolucionário William Amos da University of Cambridge, na Inglaterra.

Amos, juntamente com a bióloga evolucionária Andrea Manica e seus colegas, analisaram dados sobre os formatos de 4.666 crânios de machos, todos com menos de 2mil anos de idade, vindos de 105 locais no mundo. Para cada local, eles compararam a variação em 37 medidas diferentes com a distância que os ancestrais da população devem ter viajado para chegar lá partindo da África. (Cairo e Nova York parecem relativamente próximas em um mapa, mas os primeiros humanos teriam que atravessar a Ásia e o Estreito de Bering a pé para chegar até a América do Norte a partir do continente africano).

À medida que bandos menores se separaram de grandes assentamentos, devem ter levado um subgrupo menos diverso dos genes do grupo maior, o que se traduziu em parte em características anatômicas como o formato do crânio. Assim, quanto mais longe os primeiros Homo sapiens se afastaram de sua terra natal, menos variáveis seus crânios deveriam ser. A não ser que eles tenham procriado previamente com populações estabelecidas de neandertais ou outros humanos primitivos, o que deveria ter injetado novos genes e impulsionado a variabilidade.

Ver artigo completo em Scientifican American

Investigadores provam influência do homem nos níveis de precipitação

Uma equipa de investigadores canadianos e norte-americanos defende que existe relação entre a actividade humana e os níveis de precipitação registados no século XX. Segundo os responsáveis, esta é a primeira vez que se consegue provar a existência de alterações do padrão de precipitação provocadas pela acção do homem.

O estudo foi feito através da comparação das alterações observadas nos níveis de precipitação registados ao longo do século XX com as alterações simuladas em 14 modelos climáticos. "A acção humana teve uma influência detectável nas alterações observadas na precipitação média e estas mudanças não podem ser explicadas pelas variações climáticas internas ou pela acção da natureza", lê-se no relatório do estudo.

Os resultados sugerem que a acção humana contribuiu de forma significativa para o aumento de precipitação observado nas latitudes médias do Hemisfério Norte, também designadas por Zona Temperada; para uma situação de seca nos trópicos e sub-trópicos do mesmo hemisfério; e provocaram o aumento da humidade nos sub-trópicos e trópicos profundos do Hemisfério Sul.

"As mudanças observadas podem já estar a ter um efeito significativo nos ecossistemas, na agricultura e na saúde humana nas regiões mais sensivas as alterações de precipitação", dizem os investigadores, alertando para a situação em regiões como a faixa do Sahel, em África.

A influência humana no clima já tinha sido detectada na temperatura do ar à superfície, na pressão do nível do mar, na temperatura da atmosfera livre, na altura da tropopausa (a camada intermediária entre a troposfera e a estratosfera) e no índice de aquecimento do oceano.

O estudo será publicado pela revista "Nature" esta quinta-feira.

Artigo publicado em Público

quinta-feira, julho 19, 2007

Investigação diz que inundação catastrófica estará na origem do Canal da Mancha


A Grã-Bretanha separou-se da Europa continental há centenas de milhares de anos depois de uma inundação catastrófica devido ao desmoronar de uma barragem natural que retinha um lago de montanha, segundo uma investigação, cujos resultados foram publicados nesta edição da revista “Nature”.

Ao analisar um mapa a três dimensões da Mancha, os investigadores do Imperial College de Londres, orientados por Sanjeev Gupta e Jenny Collier, constataram a existência de um gigantesco vale com dezenas de quilómetros de largura e com 50 metros de profundidade nos fundos marinhos da Mancha.

Graças à utilização de sondas, a equipa conseguiu identificar marcas de uma grande erosão causada pela passagem brutal, como uma enorme corrente, de uma fabulosa quantidade de água.

Além disso, a Norte da bacia ocupada actualmente pela Mancha, naquilo que é hoje a parte meridional do Mar do Norte, encontrava-se um lago abastecido pelo Reno e Tamisa e retido por uma barreira natural, que se chamava Weal-Artois.

A ruptura dessa barragem, algo que aconteceu há entre 450 mil e 200 mil anos, terá provocado durante vários meses o derrame de grandes quantidades de água, estimadas num milhão de metros cúbicos por segundo, de acordo com o estudo.

Esta torrente de água inundou toda uma região, actualmente ocupada pela Mancha, e alterou os cursos dos rios da zona, como o Reno e o Tamisa.

A migração das populações humanas na Europa terá sido afectada por este fenómeno que terá criado uma barreira intransponível para as migrações vindas do continente. A primeira população humana na Inglaterra viu-se reduzida progressivamente, levando ao desaparecimento do homem naquela ilha durante cerca de cem mil anos.

“Este acontecimento pré-histórico permite explicar as razões que levaram o Reino Unido a tornar-se uma ilha e porque a primeira ocupação humana da Inglaterra tenha sido suspensa brutalmente durante quase 120 mil anos”, disse Sanjeev Gupta.

Artigo publicado em Público

terça-feira, julho 17, 2007

Cálculo da pegada ecológica

A associação ambiental de Alenquer, Alambi, enviou-me um endereço electrónico para o cálculo da pegada ecológica de cada um!

Pegada Ecológica

A não perder!

quarta-feira, julho 11, 2007

Bebé mamute com dez mil anos encontrado intacto no solo gelado da Sibéria

Há muito poucos exemplares de mamutes tão bem preservados (aqui um outro encontrado também na Sibéria)

É uma fêmea, de apenas seis meses e terá morrido há, pelo menos 10 mil anos. Os investigadores nem queriam acreditar que tinham encontrado um bebé mamute, o antepassado do elefante, tão bem preservado que os olhos e tromba estavam intactos, bem como grandes extensões da pele. Os mamutes, antepassados dos elefantes, eram conhecidos pelo pescoço entroncado e muito pelo comprido na cabeça. Ficou assim, intacto até ter sido descoberto por um agricultor em Maio passado perto do rio Yuribei.

Alexei Tikhonov, director do Instituto Zoológico da Academia de Ciências da Rússia diz que este bebé, de 1,30 metros e 50 quilos de peso é, sem dúvida, o exemplar de mamute mais bem preservado e, por isso, mais valioso para a ciência que se encontrou até hoje, declarou à BBC News, acrescentando que o único defeito do mamute é a cauda, que está um pouco danificada.

O tesouro gelado, preservado nestas camadas de solo a pelo menos 32 graus negativos, será agora enviado para o Japão para ser estudado. “Encontrar um exemplar destes, neste estado de preservação, é muito raro”, disse também à BBC News Larry Agenbroad, director do Centro de Investigação de Mamutes, membro do grupo que está a estudar o bebé mamute há uma semana. Agenbroad só conhece três exemplares em condições semelhantes de preservação.

Alguns cientistas acreditam que se conseguirem encontrar esperma ou outras células viáveis este material genético possa ser usado para ressuscitar, num prato de laboratório, o extinto mamute. Os geneticistas dizem que, através de clonagem, se for possível reunir material genético de qualidade, pode fazer-se nascer um bebé mamute em 22 meses.

Artigo publicado em Público


Comentário por Dino Geológico

Espero, sinceramente, que não se ponham com ideias malucas! Faziam melhor se evitassem a extinção das espécies que existem neste momento, na nossa época. Tantos problemas que a nossa biodiversidade enfreta e vamos tentar ressuscitar 1 exemplar de uma só espécie que desapareceu há 10 000 anos! Haja paciência!

O Clima está louco!!!!

10-07-2007 - 09:44
Manto branco em Buenos Aires
A neve caiu em Buenos Aires, na Argentina, um fenónemo natural que já não acontecia desde 1928. Esta criança posa para a fotografia junto de um carro depois da supreendente queda de neve na capital. Os media locais afirmam que já morreram três pessoas na última vaga de frio na Argentina, uma das quais perdeu a vida em Buenos Aires. Foto: Enrique Marcarian/Reuters

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Ciência Viva no Verão 2007

Pois é, já estão na Internet as actividades deste ano da Ciência Viva no Verão, da responsabilidade da Unidade Ciência Viva.

Para saber mais e escolher as actividades é agora necessário uma inscrição on-line (muito fácil...) que depois dá direito a password (ligada ao e-mail) e que facilita a vida noutras inscrições. De salientar as muitas actividades (de Geologia, Biologia, Astronomia, Faróis e Engenharia) na zona de Leiria (distrito e arredores...) .

Para escolher, ver e seleccionar as actividades clicar no seguinte link:
Ciência Viva no Verão 2007

Post de Fernando Martins, no blog Ciências Físicas e Naturais - EB 2,3 Correia Mateus

quinta-feira, julho 05, 2007

Retratos do mundo...

05-07-2007 - 10:24
Fome

Uma das filhas de Mohammad Ishaq e Bismillah chora por comida, deitada no chão, em Akhera, no estado indiano de Haryana. Ishaq, agricultor de 50 anos, e a sua mulher, de 40, tiveram 23 filhos, três dos quais morreram. A última criança deste casal nasceu em Junho. Foto: Adnan Abidi/Reuters

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05-07-2007 - 17:14
Pouco seguro
Um rapaz tenta abrigar-se da chuva debaixo de uma árvore, na cidade indiana de Calcutá. As autoridades de saúde locais estão preocupadas com a possibilidade do surgimento de uma epidemia pelo facto de os habitantes estarem a beber água contaminada. Foto: Parth Sanyal/Reuters

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As "Leis de Newton" foram publicadas há 320 anos

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Newton nasceu num dia de Natal, há 365 anos

Corria o dia 5 de Julho de 1687, em Londres, quando foi publicada a primeira edição integral dos "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural", de Isaac Newton, que estabeleceram a teoria da gravitação universal, as leis da dinâmica e o desenvolvimento da óptica e da teoria corpuscular da luz, a base da física moderna.

Os "Princípios Matemáticos da Filosofia Natural" são normalmente designados por "Principia" ou por "Leis de Newton". Integram quase todas as áreas da física e da matemática, tal como hoje são concebidas, e deram origem a uma revolução científica apenas comparável à de Albert Einstein, encetada mais de dois séculos depois.

Isaac Newton nasceu no dia de Natal de 1642, há 365 anos, e morreu a 31 de Março de 1727, em Londres. No seu túmulo, em Westminster, o poeta Alexander Pope escreveu: "A Natureza e as Leis da Natureza estavam escondidas na noite. Então Deus disse: 'Faça-se Newton'. E tudo foi iluminado".

Artigo em Público

terça-feira, julho 03, 2007

Já nas bancas...


Já saiu a National Geographic Portigal do mês de Julho!

Está muito boa, com diversos artigos importantes!

Destes artigos, destaca-se quele que aborda o problema da malária e a expansão desta doença no mundo, como consequência das atitudes do Homem face à natureza!

Saliento ainda uma breve referência ao castelo/convento de Cristo em Tomar e a tradição dos tabuleiros! A não perder!

Artigo:

Malária

Começa por uma picada indolor. O mosquito surge de noite, pousa sobre uma superfície da pele deixada a descoberto e coloca-se numa posição semelhante à dos corredores de velocidade nos blocos de partida, de cabeça baixa. Depois, mergulha as suas componentes bucais em forma de agulha na pele. Texto de Michael Finkel; Fotografias de John Stanmeyer

Vivemos num planeta malárico. Talvez não seja assim que se vêem as coisas na perspectiva privilegiada dos países ricos, onde se pensa – se é que se pensa de todo – que a malária é um problema em grande parte resolvido, como a varíola ou a poliomielite. A verdade é que a malária afecta actualmente mais seres humanos do que nunca. Doença endémica em 106 países, ameaça metade da população mundial. Este ano, o número de pessoas infectadas com malária poderá elevar-se a quinhentos milhões. Pelo menos um milhão de pessoas perderá a vida e, destas, grande parte terá idade inferior a cinco anos. A maioria vive em África. O número de mortes anuais cresceu para mais do dobro, relativamente ao que sucedia há uma geração. Até há pouco tempo, o clamor dos protestos contra esta epidemia era silencioso. A malária é um flagelo dos pobres, fácil de ignorar. Segundo alguns investigadores, o mais lamentável, no que se refere à malária, é o facto de os países prósperos já se terem livrado da doença. Entretanto, diversas regiões decididamente não prósperas encontram-se à beira do colapso malárico total e são praticamente governadas por enxames de seringas voadoras e zumbidoras. Só nos últimos anos a malária conseguiu chamar plenamente a atenção das agências de ajuda humanitária e dos doadores. A Organização Mundial de Saúde definiu a redução da malária como prioridade principal. Os fundos atribuídos ao combate contra a malária duplicaram desde 2003. Pretende-se anular a doença, combinando praticamente todas as técnicas conhecidas de combate antimalárico, desde as mais ancestrais (medicamentos chineses à base de ervas), passando pelas convencionais (redes mosquiteiras), até às mais modernas combinações terapêuticas. Ao mesmo tempo, os investigadores da malária perseguem um objectivo há muito almejado, mas difícil de alcançar: uma vacina que permita travar definitivamente a doença. Muita desta ajuda está a ser encaminhada para um punhado de países duramente atingidos pelo flagelo emtoda a África subsaariana. Se estes países derrotarem a doença, servirão de modelos para o esforço antimalárico. E se não conseguirem? Nenhum especialista em malária está disposto a responder com prazer a essa pergunta. Um dos países em destaque é a Zâmbia, uma ampla nação continental, sem acesso ao mar, integrada na fértil savana da África Austral. É difícil avaliar na sua globalidade a forma como a Zâmbia tem sido devastada pela malária. Em algumas províncias, em qualquer momento, mais de um terço das crianças de idade inferior a cinco anos estão afectadas pela doença. Pior do que os números é o tipo de malária presente na Zâmbia. Os seres humanos são infectados por quatro espécies diferentes de parasitas maláricos e o mais virulento de todos é o Plasmodium falciparum. Cerca de metade de todos os casos de malária (e 95% das mortes) são causados por este parasita. É a única forma de malária capaz de atacar o cérebro. E consegue fazê-lo de forma extremamente rápida – há poucos agentes infecciosos capazes de incapacitar tão rapidamente o organismo como o Plasmodium falciparum. Um jovem africano pode estar alegremente a jogar futebol num dia de manhã e morrer de malária nessa mesma noite. Leia o artigo completo na revista


Museu da Lourinhã apresenta fósseis do maior dinossauro carnívoro terrestre conhecido

2007-07-03
Torvosaurus
Torvosaurus
O Museu da Lourinhã exporá até ao final do mês a maxila do maior dinossauro carnívoro terrestre conhecido, o "torvossauro tanneri", um achado de um jovem holandês que andava a fazer prospecção nas arribas do concelho. A maxila possui 63 centímetros de comprimento e vários dentes, cada um deles com 20 centímetros, pertencentes a um animal de 11 metros de comprimento e duas toneladas, muito idêntico ao "tiranossaurus rex" do Cretácio Superior.

Trata-se do maior dinossauro carnívoro terrestre alguma vez encontrado no mundo, que viveu no Jurássico Superior, uma vez que o crânio a que pertenceria a maxila teria cerca de 158 centímetros, sendo superior a um outro dinossauro da mesma espécie encontrado anteriormente nos Estados Unidos (com 118 centímetros). O achado foi divulgado hoje pelo Oertijd Museum, um museu localizado em Boxtel, cidade do sul da Holanda, que adquiriu uma réplica do crânio a que corresponderia a maxila encontrada.

A reconstituição desta parte do esqueleto foi efectuada por Aart Wallen, um holandês que colabora com o Museu da Lourinhã na construção de réplicas e que é o pai do jovem Jacob Wallen, que em 2003 fez a descoberta. "Ambos estavam a fazer prospecção nas arribas do concelho e foi mesmo o filho que encontrou um pequeno vestígio que, ao ser escavado, se revelou como a maxila do crânio de um torvossauro", explicou à Agência Lusa a conservadora do museu, Carla Abreu, mostrando-se satisfeita pelo achado ter sido doado à instituição.

A descoberta destes fósseis é encarada como um grande contributo para a ciência, já que permite mais uma vez aos investigadores afirmar que "os continentes [europeu e americano] estavam próximos e havia uma distribuição da fauna muito idêntica no que agora é a América e a Península Ibérica". Carla Abreu explicou que "as formações geológicas [da costa portuguesa] são muito idênticas à formação de Morrisson", perto do Texas.

Antes desta descoberta, já tinha sido encontrado um outro achado de um torvossauro em Portugal, em Alcobaça. Os paleontólogos Octávio Mateus (do Museu da Lourinhã) e Miguel Telles Antunes (professor da Universidade Nova de Lisboa) estudaram uma tíbia, parte inferior da perna, de um torvossauro, encontrada em Alcobaça.

Apesar dos actos de vandalismo de que as jazidas do Museu da Lourinhã têm sido alvo, o trabalho de escavação do torvossauro nas arribas da costa lourinhanense não está concluído, tendo já sido extraído um outro possível fóssil do torvossauro que os investigadores julgam ser de uma vértebra caudal.

Artigo publicado em Ciência Hoje