Recebi da lista da Geopor esta notícia:
O aumento da temperatura global está a provocar o escoamento rápido das águas dos lagos que se formam à superfície dos glaciares da Gronelândia, o que poderá acelerar a fusão dos gelos árcticos no Verão. Num estudo hoje publicados pela revista Science, investigadores norte-americanos descrevem pela
primeira vez o escoamento repentino e total de águas de lagos formados na calote glaciar da Gronelândia.
O fenómeno consiste num sistema de drenagem das águas do topo dos glaciares até à base que poderá acelerar a deslocação e fusão dessas massas de gelo, explicam cientistas da Universidade de Washington, em Seattle, e da Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI).
«Encontrámos provas claras de que os lagos supraglaciais, que são concentrações de água derretida à superfície durante o Verão, provocam fissuras na camada de gelo, num processo conhecido por hidrofractura», explicou Sarah Das, do Departamento de Geologia e Geofísica do WHOI. Observações por satélite já tinham revelado que as águas dos lagos que se formam todos os anos sobre os glaciares da Gronelândia desapareciam rapidamente sem que se pudesse determinar para onde.
Em Julho de 2006, os cientistas constataram o desaparecimento de um lago de 5,6 quilómetros quadrados. «Como se fosse uma banheira a escoar, todo o lago desapareceu em 24 horas e uma inspecção posterior mostrou que as águas tinham aberto uma fenda de 980 metros, do topo do glaciar até à base», afirmou a investigadora. Mas embora o degelo e a drenagem da água até à base dos glaciares facilite a sua deslocação, os cientistas advertem que esta não é tão rápida que possa ter consequências catastróficas. Outros estudos publicados na Science alertaram para a possibilidade da deslocação desses glaciares para o mar poder fazer subir os níveis do mar.
«Consideradas em conjunto, estas descobertas indicam que embora o degelo superficial seja importante na dinâmica da camada de gelo, talvez não produza os grandes desequilíbrios que possam conduzir a uma subida dos níveis do mar», sublinhou Ian Joughin, glaciologista do Laboratório de Ciências Aplicadas da Universidade de Washington. «Há outros mecanismos que estão a contribuir para a actual perda de gelo e que provavelmente aumentam essa perda, em consequência da subida global das
temperaturas», acrescentou.
primeira vez o escoamento repentino e total de águas de lagos formados na calote glaciar da Gronelândia.
O fenómeno consiste num sistema de drenagem das águas do topo dos glaciares até à base que poderá acelerar a deslocação e fusão dessas massas de gelo, explicam cientistas da Universidade de Washington, em Seattle, e da Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI).
«Encontrámos provas claras de que os lagos supraglaciais, que são concentrações de água derretida à superfície durante o Verão, provocam fissuras na camada de gelo, num processo conhecido por hidrofractura», explicou Sarah Das, do Departamento de Geologia e Geofísica do WHOI. Observações por satélite já tinham revelado que as águas dos lagos que se formam todos os anos sobre os glaciares da Gronelândia desapareciam rapidamente sem que se pudesse determinar para onde.
Em Julho de 2006, os cientistas constataram o desaparecimento de um lago de 5,6 quilómetros quadrados. «Como se fosse uma banheira a escoar, todo o lago desapareceu em 24 horas e uma inspecção posterior mostrou que as águas tinham aberto uma fenda de 980 metros, do topo do glaciar até à base», afirmou a investigadora. Mas embora o degelo e a drenagem da água até à base dos glaciares facilite a sua deslocação, os cientistas advertem que esta não é tão rápida que possa ter consequências catastróficas. Outros estudos publicados na Science alertaram para a possibilidade da deslocação desses glaciares para o mar poder fazer subir os níveis do mar.
«Consideradas em conjunto, estas descobertas indicam que embora o degelo superficial seja importante na dinâmica da camada de gelo, talvez não produza os grandes desequilíbrios que possam conduzir a uma subida dos níveis do mar», sublinhou Ian Joughin, glaciologista do Laboratório de Ciências Aplicadas da Universidade de Washington. «Há outros mecanismos que estão a contribuir para a actual perda de gelo e que provavelmente aumentam essa perda, em consequência da subida global das
temperaturas», acrescentou.
Diário Digital
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