quarta-feira, dezembro 29, 2010
O problema do plágio
domingo, outubro 10, 2010
quarta-feira, agosto 04, 2010
Dado sobre o sismo 7,2 na Califónia, 4 Abril 2010
Global Climate Change
terça-feira, julho 06, 2010
Descobertos fósseis que podem representar os seres multicelulares mais antigos
A expansão da vida multicelular aconteceu durante a explosão do Câmbrico, há cerca de 550 milhões de anos quando os principais grupos de animais apareceram. Mas o fóssil mais antigo que se conhecia e que pode ser representativo da vida multicelular – um organismo com várias células que se comunicam entre si com funções diferentes – tinha 1,9 mil milhões de anos. Os fósseis descobertos agora, no Gabão, em África são cerca de 200 milhões de anos mais velhos.
“Temos estes macrofósseis que aparecem num mundo que é essencialmente microbiano”, explica Stefan Bengston, um paleontólogo do Museu Sueco de História Natural, em Estocolmo, que é co-autor do estudo. “É um acontecimento importante, porque quando finalmente existem organismos grandes, há uma mudança na forma como a biosfera funciona, já que [estes organismos] interagem entre eles e com os micróbios”, explicou citado na Nature.
A equipa de 21 pessoas estudou as rochas e através da estrutura e do conteúdo químico excluíram a hipótese das formas terem origem química. Os fósseis medem entre um e 12 centímetros, têm formas irregulares, que nas extremidades parecem abas com franjas. A tridimensionalidade do organismo que produziu as estruturas sugere a existência de uma massa de células que teria de se comunicar entre si.
Há, no entanto, outros cientistas que contestam esta conclusão. O paleontólogo Adolf Seilacher, da Universidade de Yale, considera que as marcas representam pseudo-fósseis. A estrutura formou-se a partir da agregação da pirite, um mineral metálico. Outra incógnita é se a forma não representa simplesmente uma colónia de células.
No artigo, a equipa associou o aparecimento deste organismo multicelular, um passo determinante para a evolução da complexidade da vida, com o aumento da concentração de oxigénio que ocorreu há 2,4 mil milhões de anos. Paralelamente, antes da explosão do Câmbrico, a Terra sofreu um novo aumento da concentração do oxigénio.
“A evolução dos fósseis do Gabão pode ter-se tornado possível depois do primeiro impulso dado pelo oxigénio”, sugeriu Abderrazak El Albani, da Universidade de Poitiers, e a equipa num comunicado de imprensa. “Enquanto a explosão do Câmbrico pode ter sido alimentada pelo segundo.” Um dos grandes mistérios da evolução é, segundo os autores, os processos biológicos que sucederam entre os dois fenómenos.
sexta-feira, março 05, 2010
Pegadas de Elefante fossilizadas...
A equipa de investigadores descobriu “um conjunto de pegadas de grandes e pequenos mamíferos, entre as quais as de um elefante que existiu na Europa, o Elephas antiguus”, explicou o especialista Carlos Neto de Carvalho.
“É um elefante próximo do elefante asiático e que se extinguiu há pouco mais de 30 mil anos do continente europeu”, explicou o especialista.
Estes trilhos de pegadas permitem aos investigadores conhecer mais sobre a anatomia destes animais e perceber também o tipo de comportamento e de habitats que povoaram imediatamente antes de se extinguirem.
“Já tinham sido descobertas várias ossadas, inclusivamente em jazidas portuguesas, e agora surge esta informação, que é complementar”, disse, sublinhando que este é o primeiro registo do comportamento social destes animais que se conhece na Europa.
Os vestígios, encontrados entre a região de Porto Covo, no concelho de Sines, e o norte de Vila Nova de Milfontes, no concelho de Odemira, estão distribuídos por um conjunto de locais, em arribas costeiras desta zona do litoral alentejano.
“É um aspecto bastante particular o de que, de todas a regiões em que estudámos as dunas fosseis existentes - desde Porto Covo até Armação de Pêra -, apenas neste local tivemos oportunidade de descobrir estas jazidas com pegadas de grandes herbívoros e mais uma vez de Elephas antiguus”, destacou.
Tendo como prioridade a conservação e a interpretação do património geológico e tendo em conta este “património significativo do ponto de vista paleontológico”, Carlos Neto Carvalho considera que “faz todo o sentido”, não só estudar a relevância destes achados, mas também conservá-los. “Para nós faz todo o sentido, não só estudar do ponto de vista científico a relevância destes achados, mas também conservá-los para a posterioridade e conservá-los para que todas as pessoas tenham acesso a esta informação”, disse.
Para isso, o especialista defende ser fundamental conseguir parceiros para cooperar e possibilitar “um processo de replicação, utilizando tecnologias recentes, que permitem conservar toda a informação científica num espaço que depois poderá ser um centro de interpretação ou um museu local”.
sábado, janeiro 30, 2010
Livrarias do Mondego
Se pretender conhecer o significado geológico deste monumento natural basta clicar...
Livrarias do Mondego
sábado, janeiro 09, 2010
Notícia retirada de Lusodinos
Dinossauro Miragaia longicollum entre as 10 principais descobertas de 2009
O Diário de Notícias elegeu as "Dez descobertas científicas de 2009 com selo português" entre as quais a descoberta do dinossauro estegossauro Miragaia longicollum, descrito em Fevereiro passado, e as trilobites gigantes de Arouca.
4. .. e baptizou nova espécie de dinossauro
Mas no das descobertas pré-históricas, o País foi mais além, baptizando um novo dinossauro o Miragaia longicollum. A nova espécie foi descoberta na Lourinhã pela equipa do paleontólogo Octávio Mateus, do museu daquela localidade e da Universidade Nova de Lisboa. Este é um novo estegossauro que os seus descobridores baptizaram de Miragaia longicollum, um nome cheio de significados. Entre eles, o de pescoço comprido, uma das imagens de marca da espécie. O artigo descrevendo o novo dinossauro, que viveu no Jurássico Superior (há 150 milhões de anos), publicado na Proceedings of the Royal Society, pela equipa liderada por Octávio Mateus, culminou um trabalho de dez anos.
5. 32 novos planetas com a marca de um português
6. Trabalham em Portugal os melhores em cardiotocografia
7. Descoberta nova espécie...
8. Ajudar a controlar as células imunitárias
9. Novo tratamento para o Alzheimer e Parkinson
10. Telhas 'bonitas' e que alimentam o resto da casa
In Lusodinos
Encontradas na Polónia as mais antigas pegadas de quadrúpedes
Estes quadrúpedes não arrastavam o corpo |
Isto porque os fósseis de vertebrados mais antigos que se conhecem datam de aproximadamente 377 milhões de anos. Estas pegadas são 18 milhões de anos mais velhas. Estes vertebrados terão sido um grupo de transição entre os peixes e os animais terrestres quadrúpedes.
O estudo, dirigido por Per Ahlberg, da Universidade de Uppsala (Suécia), está publicado na «Nature». As várias pegadas fossilizadas encontram-se espalhadas e têm diferentes tamanhos e características, visto pertencerem a espécies diferentes.
As pegadas variam entre os 15 e os 26 centímetros, o que indica que os animais teriam 2,5 metros de comprimento, no mínimo. As impressões das patas dianteiras e traseiras são bastante claras e indicam que estes tetrápodes não arrastavam o corpo.
Pegadas têm 395 milhões de anos |
Em 2006, o investigador Edward Daeschler descobriu o fóssil de um destes animais – o «Tiktaalik» – que teria já adaptações à vida terrestre e que se considerava ser a transição entre os peixes e os anfíbios. Com a descoberta de pegadas muito mais antigas os cientistas estão já a rever esta hipótese.
Artigo: Tetrapod trackways from the early Middle Devonian period of Poland
In Ciência Hoje
Menino do Lapedo - Leiria
Tanto Zilhão como Trinkaus protagonizaram desde o achado do Lapedo uma acesa discussão na comunidade científica internacional ao defenderem que a criança provava que Neandertais e os primeiros homens modernos não só coexistiram como procriaram. E que aquele achado era a prova disso.
Do outro lado da barricada estão outros nomes sonantes da arqueologia, como os espanhóis Juan Luis Arsuaga, co-director de investigação da importante jazida fóssil da serra de Atapuerca, em Espanha, e Carles Lalueza-Fox, da Universidade de Barcelona, que afirmam que, mesmo sendo mestiça, a criança do Lapedo não prova nada em relação à evolução do homem moderno. E continuam a acreditar que os Cro-Magnons, os primeiros homens modernos, substituíram por completo os Neandertais, sem miscigenação. A revista PNAS foi, aliás, palco da publicação de vários artigos sobre este lado da discussão.
Mas Zilhão e Trinkaus voltam agora ao ataque: "Esta nova análise dos dentes da criança do Abrigo do Lagar Velho [sítio onde foi encontrado] traz um conjunto de informação nova e mostra que estes primeiros homens modernos não eram tão modernos como isso", diz João Zilhão. A equipa descreve que os dentes da frente da criança eram muito subdesenvolvidos para serem considerados de um homem moderno. E que tinham uma formação diferente da dos homens modernos, com mais dentina, o tecido logo abaixo do esmalte do dente, e com mais polpa, a parte nervosa responsável pela nutrição do dente. Tinham também muito menos esmalte.
"O estudo confirma que a anatomia da criança do Lagar Velho, nomeadamente a dentição, não coincide com os primeiros ou com os mais recentes homens modernos e só se encontra entre os Neandertais", insistem os investigadores.
A criança do Lapedo, que teria quatro a cinco anos à altura da morte, datada de há 30 mil anos, é um tesouro para a arqueologia na medida em que tem 90 por cento do esqueleto intacto. A análise aos dentes foi feita com recurso a microtomografia e reconstrução tridimensional, diz a equipa no artigo.
Adornos milenares
No mesmo número da PNAS, João Zilhão assina um segundo artigo sobre um tema que tem fascinado a arqueologia: quando é que a humanidade começou a usar adornos, jóias e maquilhagem?
Em 2006, uma equipa britânica descobriu na Argélia vestígios de conchas para fazer colares com 100 mil anos.
Mas Zilhão afirma neste novo artigo que estas manifestações de pensamento simbólico eram partilhadas com os Neandertais chegados à Europa, depois de ter descoberto vestígios de adornos e de pigmentação para uso ornamental numa jazida espanhola datada de há 50 mil anos.
In Público