sexta-feira, maio 11, 2007

Estudo confirma o que todos já sabem...

Redução da desflorestação permite diminuir emissões de CO2 (a sério? Não sabia!!!!!!)


Um estudo ontem divulgado nos EUA revela que, se a actual taxa de desflorestação tropical diminuísse para metade, as emissões de dióxido de carbono em 2100 seriam reduzidas em 12 por cento face às estimativas da ONU. Isto porque o coberto florestal salvo do abate permitiria retirar anualmente da atmosfera 500 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), indica o mesmo estudo.

Para o responsável pelo estudo, Christopher Field, da Carnegie, uma instituição privada de investigação norte-americana, esse volume seria crucial para atingir o objectivo de redução de CO2 até 2100 estabelecido pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU.

O ritmo actual de desflorestação das zonas tropicais implica uma concentração de CO2 na atmosfera de mais 1,5 mil milhões de toneladas por ano que poderiam ser absorvidas pelas árvores abatidas, segundo estimativas de um relatório destes peritos publicado na edição de sexta-feira da revista Science.

Todavia, assinalam, a redução da desflorestação nas zonas tropicais dos países em desenvolvimento é uma tarefa complexa, já que muitos deles vêem na floresta um recurso económico do qual consideram poder dispor sem limites. Para contrariar este argumento, as soluções propostas são incentivos financeiros directos para dissuadir os cortes de árvores e planos de gestão financeira que valorizem diferentemente a floresta e limitem a desflorestação a zonas de alto valor agrícola.

Segundo a edição deste ano do "Pequeno Livro Verde" do Banco Mundial, que reúne dados relativos ao ambiente e desenvolvimento de 200 países, as emissões de CO2, o principal gás causador do efeito de estufa, continuam a crescer sendo originadas em partes iguais pelos países industrializados e em vias de desenvolvimento. Neste relatório, hoje divulgado, o Banco Mundial revela que as emissões mundiais de dióxido de carbono (CO2) aumentaram 16 por cento entre 1990 e 2003, valor que em Portugal é quase o dobro.

Artigo em : Ciência Hoje

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