(Imagem: Museu da Lourinhã) |
Octávio Mateus |
"É a primeira vez que mostramos dois dinossáurios portugueses montados em posição de vida, até aqui tínhamos mostrado apenas uma réplica de um dinossáurio norte- americano", afirmou hoje à Lusa Octávio Mateus, paleontólogo e investigador do Museu da Lourinhã.
"O esqueleto mostrado assim é mais visível e educativo do que os ossos originais que temos no museu e que são de difícil interpretação", acrescentou. O trabalho de montagem das réplicas completas dos Lourinhanosaurus Antunesi e do Dacentrurus Armatus, duas espécies do período do jurássico superior (com 150 milhões de anos), demorou entre dois a três anos a realizar, adiantou o paleontólogo.
Segundo Octávio Mateus, "os esqueletos encontrados na Lourinhã são em geral incompletos e para reconstituirmos os animais inteiros tivemos que nos basear em conhecimentos de anatomia e comparar com outros animais parecidos, foi um trabalho muito demorado".
"Primeiro foi preciso fazer os moldes dos originais que temos no museu e depois todo o trabalho construção do restante esqueleto, e no final, a montagem", especificou. As duas réplicas vão ser mostradas em tamanho real na sala de paleontologia do Museu da Lourinhã a partir do dia 26 de Maio após uma sessão de apresentação pública.
O Lourinhanosaurus Antunesi é uma espécie única no país e foi descoberta na Lourinhã, nos anos 80. Trata-se de um dinossauro carnívoro e bípede, que pode atingir os 8 metros de comprimento. O Dacentrurus Armatus era um dinossauro herbívoro e quadrúpede, atingindo os 5 metros de comprimento, possuía placas dorsais, espinhos na ponta da cauda e ombros.
Artigo publicado em: Ciência Hoje
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