terça-feira, setembro 25, 2007

Transgénicos...Quem?

Ainda no rescaldo do "incidente" com um grupo de ecologistas que esbarrou "sem querer" num campo de milho transgénico (...quem?), Tiago Fleming Outeiro, do Instituto de Medicina Molecular (Portugal) e Massachusetts General Hospital (EUA) escreveu um artigo para a revista electrónica Ciência Hoje, intitulado: Alimentos transgénicos: factos, mitos e senso comum.

A Não Perder!!!

quinta-feira, setembro 20, 2007

Afinal tinha penas...!

Velociraptor afinal tinha penas

Era o dinossauro com 'mau feitio' do filme Jurassic Park

: 2007-09-20
Filme de Spielberg exagerou tamanho
Filme de Spielberg exagerou tamanho
Paleontologistas norte-americanos resolveram uma suspeita de anos ao demonstrar que o Velociraptor, o dinossauro com 'mau feitio' do filme Jurassic Park, afinal tinha penas, sugerindo que, se estivesse vivo, hoje seria uma espécie de avestruz estranha.

As conclusões dos investigadores de dois museus norte-americanos de História Natural, o American Museum of Natural History e o Field Museum of Natural History, estão descritas num artigo publicado hoje na revista Science.


Mark Norell, co-autor do estudo
Mark Norell, co-autor do estudo

Os cientistas sabem desde há vários anos que muitos dinossauros tinham penas e suspeitavam de que o Velociraptor seria um deles, provavelmente semelhante às actuais aves que não voam, como a avestruz. O que os cientistas fizeram agora foi documentar a presença de penas num antebraço fóssil de um velociraptor desenterrado na Mongólia em 1998. Descobriram no espécime claras indicações de protuberâncias de penas grandes e outras saliências de penas pequenas, ancoradas no osso através de ligamentos.

As saliências das penas também podem ser vistas em muitas das espécies dos actuais pássaros e são mais evidentes em pássaros com grande capacidade de voo. "A falta de protuberâncias de penas não significa necessariamente que o dinossauro não tinha penas, mas encontrar protuberâncias de penas num velociraptor significa que ele definitivamente tinha penas", disse Alan Turner, o autor principal do estudo e paleontólogo no American Museum of Natural History e na Columbia University, em Nova Iorque. "Isso é algo que já suspeitávamos, mas ninguém tinha sido ainda capaz de provar", sublinhou.

Até agora, os cientistas tinham descoberto apenas sinais de penas em fósseis de dinossauros descobertos numa determinada espécie de sedimentos de lagos, que favoreciam a preservação de pequenos animais. O velociraptor ("Velociraptor mongoliensis", que significa "ladrão veloz") era um dinossauro carnívoro e bípede que caçava em bando.

Jurassic Park exagerou tamanho

Os investigadores salientam que o tamanho deste dinossauro foi muito exagerado no filme 'Jurassic Park'" e que o espécime deste estudo, considerado normal, tinha cerca de 91 centímetros de altura, aproximadamente 1,5 metros de comprimento e pesava 13,5 quilos.

Dado que tinha asas anteriores relativamente pequenas quando comparadas com as de um pássaro actual, os autores sugerem que talvez um seu antepassado tenha perdido a capacidade de voar, mas tenha mantido as penas para proteger os ovos no ninho, controlar a temperatura ou ajudar em manobras como mudar de direcção enquanto corria.

"Quanto mais aprendemos acerca destes animais mais descobrimos que basicamente não há diferença entre os pássaros e os seus relativamente próximos antepassados dinossauros, como o velociraptor", disse Mark Norell, responsável pela secção de paleontologia do American Museum of Natural History e co-autor do estudo.

"Ambos tinham fúrculas ('ossos da sorte'), chocavam os ovos, tinham ossos ocos e eram cobertos de penas", realçou, considerando que "se animais como o velociraptor estivessem vivos hoje, a nossa primeira impressão seria a de que eram uns pássaros com ar muito estranho". O primeiro espécime de velociraptor foi descoberto precisamente pelo Museu Norte-americano de História Natural durante uma expedição à Mongólia, em 1925.

Artigo publicado em Ciência Hoje

quarta-feira, setembro 19, 2007

Os dez lugares mais poluídos do mundo...

Ver artigo completo em Scientific American Brasil

Rússia, China e Índia contêm a maioria das áreas onde a poluição tóxica e as pessoas convivem, com efeitos devastadores
por David Biello
O sofrimento de Sumqayit: durante o tempos soviéticos, a cidade no Azerbaijão serviu como centro de fabricação de químicos e, como resultado de um legado de lixo tóxico, eleva o número de casos de câncer em até 51%


Esta semana, Sumqayit, no Azerbaijão, ganhou o prêmio duvidoso de entrar na lista dos dez locais mais poluídos do mundo, publicada pela organização ambientalista americana Blacksmith Institute. Mais uma herdeira do legado tóxico da indústria soviética, a cidade de 275 mil habitantes convive com uma forte contaminação de metais, petróleo e produtos químicos, conseqüência de seus dias como centro de produção química. Como resultado, a população tem um número de 22% a 51% maior de casos de câncer que os habitantes do resto do país, e seus filhos sofrem de uma gama de complicações genéticas, de retardo mental a doenças nos ossos.


“Cerca de 12 mil toneladas de emissões nocivas eram despejadas por ano, incluindo mercúrio”, afirma Richard Fuller, fundador da Blacksmith. “Há enormes lixões de resíduos industriais sem tratamento.”

Fuller diz que a lista inclui “locais altamente poluídos nos países em desenvolvimento, onde as crianças morrem aos montes ou vivem com alguma doença crônica... áreas de desolação e repugnância daquilo que o homem causou”. Veja as outras cidades mais poluídas:

Chernobyl, Ucrânia – As partículas radioativas liberadas no maior acidente nuclear da história continuam a se acumular, afetando até 5,5 milhões de pessoas e levando a um grande aumento dos casos de câncer da tireóide. O acidente também arruinou a perspectiva econômica de áreas e nações adjacentes. “A Bielorússia é um país agrícola mas, por causa de Chernobyl, perdeu acesso aos mercados mundiais para vender sua produção”, explica Stephan Robinson, diretor da Cruz Verde da Suíça, grupo ambiental que colaborou com o relatório.

Queda de meteorito!


EPA/STR

Uma cratera com 30 metros de diâmetro e seis de profundidade. Foi este o resultado da queda de um meteorito no sudeste do Peru, que deixou em alerta toda a população apanhada desprevenida pela força do impacto.

De acordo com a notícia avançada pelo site TecnoCientista, a queda deu-se na noite de sábado, provocando um pequeno tremor de terra na localidade de Caranca. De acordo com fontes da polícia local, os habitantes da região ouviram um grande barulho do que parecia ser a queda de um avião. As testemunhas viram um objecto em chamas no céu, que acabou por embater num descampado. A explosão causada pelo choque do meteorito não feriu nenhum dos habitantes, embora alguns animais tenham morrido carbonizados.

Náuseas, vómitos e fortes dores de cabeça levaram alguns locais ao hospital após o incidente. No entanto, a Academia Nacional de Ciências já garantiu que a queda do meteorito não traz qualquer perigo para a saúde dos habitantes: "Nenhum dos vários meteoritos que caem no Peru e fazem perfurações de tamanhos variados são prejudiciais para a população a não ser que caiam em cima de uma casa".

Artigo em Expresso

quinta-feira, setembro 13, 2007

Paleontólogo Octávio Mateus no deserto de Gobi

Equipa de português pode ter descoberto nova espécie de saurópodes na Mongólia

Um esqueleto quase completo e dentes com formato desconhecido que poderão pertencer a uma nova espécie de dinossauro saurópode, um quadrúpede herbívoro, são algumas das descobertas de uma expedição no Deserto de Gobi (Mongólia) onde está integrado um português.

O paleontólogo Octávio Mateus está desde o dia 20 na Mongólia numa equipa que integra cientistas mongóis, canadianos, sul-coreanos e japoneses e tornou-se no primeiro português a seguir as pistas de Roy Chapman Andrews, o norte-americano tido como o "verdadeiro" Indiana Jones

Deserto de Gobi (Mongólia) onde está a trabalhar o paleontólogo português
Deserto de Gobi (Mongólia) onde está a trabalhar o paleontólogo português

A primeira fase da expedição desenrolou-se numa área menos explorada no deserto de Gobi, conhecida pela Bayn Shire, que embora já visitada por paleontólogos, tem muitos locais inexplorados. A equipa, que já enfrentou uma tempestade de areia com ventos de 90 km/h e um dia com temperatura de 52 graus centígrados, recolheu vários ossos, dentes, crânios, ovos de dinossauros e esqueletos quase completos, "o que é raro", indicou o português à Agência Lusa.

"A localidade é incrivelmente rica e novas descobertas ocorrem todos os dias", indicou o investigador do Museu da Lourinhã e da Universidade Nova de Lisboa, cuja missão tem a duração de 34 dias. Na lista de achados enumerada pelo português destaca-se um esqueleto quase completo de um dinossauro saurópode.

"Poderá ser uma nova espécie, mas ainda tem de ser feito trabalho suplementar", indicou Mateus, revelando ainda a descoberta de dentes de saurópode com um formato desconhecido até ao momento e que poderá representar uma nova forma de processar (mastigar) plantas entre estes animais. O saurópode é um quadrúpede herbívoro de pescoço comprido, que atingia mais de 15 metros de comprimento.

Paleontólogo descobre "bone-bed"

Foram ainda encontrados vários esqueletos incompletos, incluindo crânios de dinossauros ceratopsideos (pequenos bípedes herbívoros) de duas espécies Yamaceratops e de uma espécie possivelmente desconhecida até à data. O paleontólogo descobriu uma "bone-bed", uma camada geológica repleta de ossos, com pelo menos 10 indivíduos de dinossauros anquilossauros (dinossauros couraçados, quadrúpedes e herbívoros).

Nestes dias de trabalho também foram descobertos ovos e cascas de pelo menos cinco tipos diferentes de dinossauros, parte de crânios de dois dinossauros carnívoros, vários ossos de terizinossauros, um tipo de dinossauro teropode, raro e caracterizado por enormes garras nas patas anteriores. Foram também encontrados parte do crânio e outros ossos de crocodilos, tartarugas, pterossauros e um possível mamífero.

Estão ainda a ser definidas algumas questões relativas às camadas geológicas onde está a ser desenvolvido o trabalho, incluindo a possibilidade de uma datação muito mais precisa. A Mongólia é uma das áreas mais ricas do mundo em vestígios de dinossauros do Cretácico, período que terminou há aproximadamente 65 milhões de anos, mas em comparação com o período Jurássico, com cerca de 150 milhões de anos, fica atrás de Portugal.

Novas culturas...


Infográfico animado que mostra os benefícios das plantas perenes e anuais.

Novas formas de cultivar a terra....

Artigo muito interessante que compara os benefícios e impactos ambientais entre culturas anuais (cereais, p.e) e culturas perenes (híbrido experimental do trigo-grama Thinopyrum intermedium, p.e)!

A agricultura a grande escala, particularmente esgotante dos recursos naturais [água, nutrientes] versus uma agricultura com híbridos e toda a problemática bioética!

Artigo completo em Scientific American Brasil



Agricultura do Futuro: Um Retorno às Raízes?
A agricultura de grande escala se tornaria mais sustentável se as principais plantas cultivadas sobrevivessem por anos e formassem sistemas de raízes profundas
por Jerry D. Glover , Cindy M. Cox e John P. Reganold
MICHAEL S. LEWIS National Geographic/Getty Images
O CULTIVO MODERNO DE ALIMENTOS depende altamente de irrigação e outros insumos; ao mesmo tempo, esgota o solo e polui o ambiente. O desenvolvimento de versões perenes como o híbrido experimental do trigo-grama Thinopyrum intermedium e triticale, mostrado na página oposta, poderia comprometer menos recursos






























Para muitos de nós de regiões ricas, parece fácil para os produtores rurais cultivarem nosso alimento. No entanto, a agricultura moderna exige áreas vastas de terra, irrigação, energia e produtos químicos. Observando essa demanda por recursos, a Avaliação do Ecossistema do Milênio, de 2005, patrocinada pela Organização das Nações Unidas, sugere que “dentre todas as atividades humanas, a agricultura pode ser a maior ameaça à biodiversidade e ao funcionamento do ecossistema”.

Hoje, grande parte do alimento vem direta ou indiretamente (na forma de ração animal) de ce-reais, legumes e oleaginosas. Fáceis de transportar e armazenar, relativamente não-perecíveis e razoavelmente ricos em proteínas e calorias, essas culturas ocupam cerca de 80% das terras agrícolas globais. Mas são todas plantas anuais, ou seja, devem ser cultivadas a partir de sementes todo ano, usando métodos de cultivo com recursos intensivos. O maior problema é que a degradação do meio ambiente provocada pela agricultura provavelmente se agravará à medida que a população humana faminta crescer para 8 bilhões ou 10 bilhões nas próximas décadas.

É por isso que melhoristas de plantas, agrônomos e ecologistas estão trabalhando no desenvolvimento de sistemas de cultivo de grãos que funcionarão como os ecossistemas naturais. A chave é a transformação das principais produtoras de grãos em plantas perenes, que possam viver por muitos anos. Essa idéia poderá ainda levar décadas para ser implementada, mas avanços significativos na ciência do melhoramento de plantas finalmente a estão deixando dentro do alcance.

sexta-feira, setembro 07, 2007

Mais uma teoria...sobre o desaparecimento dos dinos!!


O asteróide que caiu na Terra há cerca de 65 milhões de anos, e que pode ter provocado a extinção dos dinossauros, tem, agora, uma origem conhecida. Um estudo checo e norte-americano revelou que este asteróide, com dez quilómetros de diâmetro, que embateu contra a superfície terrestre, teve por sua vez origem numa outra colisão, ocorrida há 160 milhões de anos.

O estudo do Southwest Resarch Institute, dirigido por William Bottke, concluiu que, há cerca de 160 milhões de anos, um asteróide com 60 quilómetros de diâmetro embateu no asteróide Baptistina. Este, com 170 quilómetros, fragmentou- -se em vários pedaços formando uma cintura de asteróides, conhecidos hoje por família Baptistina. Esta situa-se entre Marte e Júpiter e, depois do embate, era composta por 140 mil fragmentos com mais de um quilómetro de diâmetro e 300 com mais de dez quilómetros. Depois da colisão, alguns destes fragmentos circularam pelo sistema solar. Calcula-se que a cratera de Chicxulub, na península do Iucatão, no México, com 180 quilómetros de diâmetro, e que pode ser a razão próxima da extinção dos dinossauros, é consequência do embate de um desses asteróides da família Baptistina.

No entanto, antes da Terra, a Lua também foi atingida. A cratera lunar de Tycho, com mais de 108 milhões de anos, tem a mesma origem. Outras crateras foram encontradas em Vénus e em Marte. O estudo de sedimentos provou que as crateras tinham elementos em comum. Esta descoberta tem como base de apoio cálculos de computador, que através dos dados disponíveis permitiram este retrocesso no tempo. A fiabilidade da conclusão está acima dos 90%.

"As nossas simulações sugerem que cerca de 20% dos asteróides que estão perto da Terra podem pertencer à família Baptistina", diz William Bottke. O asteróide mais conhecido, o Apophis, com 250 metros, é também o mais temido, uma vez que se calcula (teme?) que este possa embater contra o nosso planeta em 2036.

A extinção dos dinossauros é um tema que levanta discussão. Sabe-se que a sua extinção aconteceu entre o fim do período cretáceo e o princípio do período terciário. Mas ninguém sabe ao certo a razão da extinção. A teoria mais aceite por cientistas e arqueólogos prende-se com a queda de um asteróide, na superfície terrestre (Chicxulub). Este embate causou uma explosão com uma potência muito superior à das armas nucleares, que pode ter matado muitos animais na altura do embate. Acredita-se que originou condições climatéricas adversas, resultando na possível extinção dos dinossauros.|

Artigo publicado em Diário de Notícias

quinta-feira, setembro 06, 2007

Até sempre!


O tenor italiano Luciano Pavarotti, 71 anos, morreu hoje de madrugada em sua casa, em Modena, Itália, após uma longa luta contra um cancro no pâncreas.

Fotografia retirada do site Ciência Hoje





Regresso!

Obrigada a todos os que têm visitado este blogue!
Após um período de "férias", estamos de volta, desta vez numa nova escola, na Martim de Freitas em Coimbra!
Para trás e no coração fica a Correia Mateus!

Viva a Correia Mateus e os seus alunos, professores e funcionários!
Viva!

Bom ano lectivo a todos!!!!

Ana Ave

Relógio do Mundo

Site curioso com dados de diversos indicadores sobre a população do planeta Terra. A visitar!

Mais breve do que imaginávamos...

O Árctico poderá ficar sem gelo no Verão em 2030

Por Francois Lenoir/Reuters

A superfície gelada no mar do Árctico atingiu este mês um novo recorde mínimo, com apenas 4,42 milhões de quilómetros quadrados, revela o National Snow and Ice Data Center da Universidade do Colorado, em Denver. Até agora, o recorde ia para o ano de 2005, com 5,32 milhões de quilómetros quadrados.

Os cientistas dizem-se “espantados” com a perda de gelo. Só na semana passada desapareceu uma área quase duas vezes maior do que a Grã-bretanha, noticia hoje o jornal britânico “The Guardian”.

A passagem marítima Nordeste ao longo da costa russa do Árctico poderá abrir no final deste mês. Se o degelo, que acelerou a partir de 2002, continuar a este ritmo, o Árctico poderá ficar sem gelo no Verão em 2030.

“Se me tivessem perguntado há uns anos quando iria o Árctico perder todo o seu gelo, teria dito 2100 ou 2070. Mas agora penso que 2030 é uma estimativa razoável. Parece que o Árctico vai ser um espaço muito diferente ainda na nossa geração e certamente na dos nossos filhos”, comentou Mark Serreze, do National Snow and Ice Data Centre, citado pelo “The Guardian”.

O degelo no Árctico ocorre todos os meses de Setembro. No Inverno, a água do mar recomeça a congelar. Mas este ano, esse processo será mais difícil. “Este Verão temos toda esta água [sem gelo] que faz entrar calor no oceano. Isso vai dificultar o regresso do gelo. O que estamos a ver este ano permite mostrar-nos que o próximo será pior”, acrescentou.

Alterações nos ventos e circulação de correntes podem contribuir para o degelo. Mas Serreze acredita que o maior culpado é o sobre-aquecimento do planeta. “As regras começam a mudar e o que está a mudar as regras são as emissões de gases com efeito de estufa”.

Artigo publicado em Público