segunda-feira, junho 25, 2007

Ancient disease resistance made us vulnerable to HIV


On the defense: our immune system has an extra barrier not found in chimps.
Narelle Towie/NT

Published online: 21 June 2007; | doi:10.1038/news070618-15
Ancient disease resistance made us vulnerable to HIV
Early immune resistance may have helped to set stage for modern pandemic.

Michael Hopkin

Humans may be susceptible to infection by HIV because our ancient ancestors evolved resistance to another virus.

That's the conclusion reached by geneticists who have compared our own genome sequence with that of apes, in search of signs of old viral attacks. The researchers wondered whether chimps had been battered by a virus that humans had evolved a resistance to, and whether that resistance might shed some light on our modern susceptibility to other viruses. Their hunch was right.

The group found that the DNA of our closest evolutionary relatives is riddled with the hallmarks of a now-extinct virus called PtERV1. This virus probably infected chimpanzees and other apes around four million years ago — after chimps' evolutionary split from humans. Chimps were badly hit by the virus. But humans, it seems, could fight it off. Unfortunately, the defensive protein that protects against PtERV1 seems to increase our cells' susceptibility to HIV attack, report Michael Emerman and his colleagues at the Fred Hutchinson Cancer Research Center in Seattle.

PtERV1, like HIV, is a 'retrovirus' — it contains RNA that is converted into DNA within the host cell and then inserted into the host genome. Throughout evolution, such viruses leave a legacy as their DNA is passed on from generation to generation, ultimately becoming present in the entire host population. Roughly 8% of human DNA is made up of these viral leftovers.

Emerman and his team scoured the chimpanzee genome and found around 130 copies of DNA sequences from PtERV1. But as they report in this week's Science1, not one copy of this viral DNA has been incorporated into the human genome, meaning that something must have fought it off.

Single defence

Emerman and his colleagues used the chimpanzee DNA to reconstruct part of the virus in the lab. They then tried to infect human cells in culture with it, and found that a protein called TRIM5??prevented the virus from entering human cells. When this protein was removed from human cells, the cells were vulnerable to the reconstructed virus; but they were also less susceptible to infection by HIV.

No one is sure why this should be the case, but the researchers suspect that the ancient human immune system might have 'put all its eggs in one basket' as far as defending against retroviruses was concerned. Humans don't seem to have any immune defensive measures against retroviruses other than TRIM5.

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Nature Precedings
This immune strategy must have carried an evolutionary advantage millions of years ago, Emerman says, "The most obvious benefit is that this protected some humans from disease." But he adds that "we don't really know anything about what sort of disease PtERV1 might have caused."

Unfortunately, the discovery does not hold much promise for efforts to find a vaccine against HIV/AIDS, says Emerma. "I do not see much insight of this work into vaccines, although maybe others can," he says. "I see this work more along the lines of understanding human history by uncovering the past — sort of like archaeology or palaeontology."

What the work does do is spotlight how the human immune system came to be the way it is today. "Our host defence genes have been shaped by a long history of genetic conflict with ancient viruses. If we want to understand why our defences are the way they are, the answers inevitably lie in these ancient viruses, more so than in the ones that have affected us only recently," says Emerman.

References
  1. Kaiser S. M., Malik H. S.& Emerman M. Science, 316. 1756 - 1758 (2007).

Artigo publicado na News@nature.com


sábado, junho 23, 2007

A 22 de Junho de 2007 o Departamento de Ciências da Natureza/Naturais/Físico-Química mostrou o que vale! Muitas experiências e mostras de exemplares científicos enriqueceram este dia.
Aqui dois pequenos filmes realizados com fotografias por mim tiradas nesse mesmo dia!




quarta-feira, junho 20, 2007

Antiga mina reabre na serra da Freita


Uma antiga mina de volfrâmio vai ser aberta ao olhar dos curiosos, durante o Verão, na serra da Freita, no concelho de Arouca. O passo seguinte será a apresentação, no final do ano, da candidatura para o reconhecimento do Geoparque de Arouca.

A iniciativa surge integrada na Rota do Ouro Negro, que recupera o imaginário da exploração do volfrâmio. Uma antiga mina junto do rio Frades vai constituir um dos novos pólos de atracção dos adeptos de percursos pedestres que procuram a serra da Freita. O projecto será dinamizado pelo Grupo de Espeleologia e Montanha de Aveiro. Esta é mais uma iniciativa, no âmbito da promoção do turismo de natureza da serra da Freita.

Nos planos do presidente da Câmara Municipal de Arouca, José Neves, está também a candidatura do município à Rede de Geoparques da UNESCO, o que deverá acontecer no final do corrente ano. O conceito de geoparque implica não só a existência de património geológico específico, como também uma estratégia de desenvolvimento territorial, a uma escala local.

Arouca faz valer na sua candidatura duas características locais: um fenómeno conhecido localmente como as "pedras parideiras" (pedras que dão origem a outras pedras) e fósseis marinhos de invertebrados do período Ordovícico Médio (entre os 462 e 468 milhões de anos) existentes no Centro Interpretativo de Canelas - os chamados Trilobites.

O reconhecimento permitirá aceder a fundos comunitários do Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para projectos locais no âmbito da arqueologia industrial, preservação da raça autóctone arouqueza e desportos de águas bravas.

A serra da Freita - que se estende pelos municípios de Arouca, S. Pedro do Sul (Viseu) e Vale de Cambra, no distrito de Aveiro -, integra com a vizinha serra da Arada a lista nacional de sítios da Rede Natura 2000, com uma área total de 28.659 hectares.

Artigo Publicado em Arouca.biz

terça-feira, junho 19, 2007

Existem músicas que nunca saem de moda!!!!



wishlist

Pearljam


I wish I was a neutron bomb, for once I could go off
I wish I was a sacrifice but somehow still lived on
I wish I was a sentimental ornament you hung on
The christmas tree, I wish I was the star that went on top
I wish I was the evidence, I wish I was the grounds
For 50 million hands upraised and open toward the sky

I wish I was a sailor with someone who waited for me
I wish I was as fortunate, as fortunate as me
I wish I was a messenger and all the news was good
I wish I was the full moon shining off a camaros hood

I wish I was an alien at home behind the sun
I wish I was the souvenir you kept your house key on
I wish I was the pedal brake that you depended on
I wish I was the verb to trust and never let you down

I wish I was a radio song, the one that you turned up
I wish...
I wish...

quinta-feira, junho 14, 2007

Não resisti à fotografia...


Imagem retirada do artigo "Rede nacional de investigação em Biodiversidade reúne amanhã em Vila do Conde", publicado em Ciência Hoje

Mais um dinossauro...

Descoberta na China nova espécie de dinossáurio gigante

:: 2007-06-13 Por Luís Azevedo Rodrigues *
Visão artística do novo dinossáurio (imagem Institute of Vertebrate Paleontology & Paleoanthropology, Beijing)
Visão artística do novo dinossáurio (imagem Institute of Vertebrate Paleontology & Paleoanthropology, Beijing)

Uma nova espécie na ligação evolutiva entre dinossáurios e aves foi encontrada na China (Mongólia interior) – o Gigantoraptor erlianensis - em rochas com 85 milhões de anos (Cretácico superior). O importante da descoberta reside no tamanho deste animal – oito metros de comprimento e 1.4 toneladas de peso.

É um animal surpreendente porque na linha evolutiva dos dinossáurios para as aves se pensava, e todas as formas encontradas até agora o comprovavam, que existiria uma redução no tamanho entre os dinossáurios e as aves: o Gigantoraptor erlianensis é o exemplo contrário.

* Paleontólogo
Museu Nacional de História Natural/Universidade de Lisboa
Blog – cienciaaonatural.blogspot.com – cienciaaonatural@gmail.com



Filogeneticamente (ao nível do parentesco) o Gigantoraptor erlianensis é um dinossáurio que pertence grupo Oviraptorosauria - grupo de dinossáurios com penas que raramente ultrapassavam os 40 kg. Existiria assim uma ainda maior diversidade morfológica do que até agora se pensava.

Só por si esta nova “aquisição” paleontológica seria motivo de notícia; mas as novidades não ficam por aqui.

Segundo os autores, que efectuaram análises aos tecidos ósseos preservados, este animal apresentava uma taxa de crescimento mais rápido do que os seus “primos” tiranossáurios norte-americanos – Albertosaurus e Gorgosaurus. Mais uma das dezenas de boas-novas paleontológicas que chegaram da China nos últimos 20 anos.

Referência (abstract):
Xu, X., Tan, Q., Wang, J., Zhao, X., and Tan, L. 2007. A gigantic bird-like dinosaur from the Late Cretaceous of China. Nature 447:844-847. doi: 10.1038/nature05849.

Artigo publicado em: Ciência Hoje

Todos queremos um carro!

Por Leonor Fernandes
Tráfego em Milão gera elevados níveis de partículas materiais
Tráfego em Milão gera elevados níveis de partículas materiais
The New York Times (NYT) e o International Herald Tribune publicaram na anteontem os resultados do projecto EuroLifeNet liderado pelo investigador português do MIT, Pedro Ferraz de Abreu. A experiência piloto está a decorrer em Portugal e Itália e permitiu obter informação detalhada referente a ciclos de 24 horas sobre a exposição individual à poluição de estudantes do ensino secundário.
Pedro Ferraz de Abreu é responsável pelo EuroLifeNet
Pedro Ferraz de Abreu é responsável pelo EuroLifeNet

Baseando-se nos dados já recolhidos em Milão, Itália, The New York Times afirma que o Norte de Itália, para além de conhecido pela moda, comida e pela Fiat, passou a ter mais um título de fama, mas desta vez pouco abonatório: «Cidades europeias com os piores níveis de poluição».

Segundo este jornal, a Alemanha e a Polónia “grandes poluidores europeus” têm vindo a reduzir as suas emissões desde 1990, ao contrário de Itália - cujos valores aumentaram - e que foi advertida pela Comissão Europeia no sentido de reprogramar o seu plano de redução de emissões, sob pena de enfrentar elevadas multas.

Os resultados do EuroLifeNet são impressionantes. Como exemplo, o NYT cita o caso de um participante de 16 anos cujo apartamento fica próximo de uma via muito movimentada e em que os níveis de poluição na sua sala à noite são 20 vezes superiores ao máximo aconselhado pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
O EuroLifeNet foi desenvolvido em Itália por intermédio da associação Genitore Antismog (Pais contra a Poluição) e em declarações ao NYT a presidente, Anna Gerometta, afirmou: «Queremos que as pessoas se revoltem e que os políticos prestem atenção. Isto é muito mau para a nossa saúde».

Apesar de os níveis de ozono e benzeno terem diminuído de forma visível naquela região, o mesmo não tem acontecido com as partículas materiais, disse o presidente da região da Lombardia, Roberto Formigoni ao NYT.
O jornal americano salienta também dados da OMS deveras preocupantes que indicam que em Itália alguns tipos de partículas materiais causaram, entre 2002 e 2004, 8220 mortes por ano e mostra o nível médio de partículas ultrafinas nalgumas cidades europeias em 2006: Milão 38, Atenas 25, Varsóvia 34, Turim 41, Viena 24, Lisboa 19 e Paris e Londres 16 no fundo da tabela mas ainda assim bem a cima do mínimo padrão de dez miligramas de partículas, afirma Roberto Bertollinin presidente do Centro Europeu para o Ambiente.

Má forma de vida

Bertollini afirma: “É muito difícil diminuir os níveis de partículas materiais devido à forma como vivemos”. Elas são causadas em grande parte pelo tráfego, particularmente pelo característico “pára-arranca“ das horas de ponta.

Citando dados de um estudo cientifico do ano passado, o NYT afirma que caso os valores de dez miligramas sugeridos pela OMS fossem cumpridos poupar-se-ia a vida a 22 mil pessoas em 26 cidades europeias.
Embora estejam a ser desenvolvidos esforços pela autarquia de Milão para reduzir os veículos poluentes, o NYT diz que em termos de poluição a única cidade comparável é Los Angeles, em que o transporte público é limitado e ineficiente e todos querem ter carro.

Segundo Robert Formigoni, serão necessários mais 20 anos para que a mentalidade dos italianos mude e estes troquem o carro por outros veículos menos poluentes. Emile De Saeger, outra especialista que analisou os dados obtidos no EuroLifeNet, chamou a atenção para o facto de ter de se repensar a localização de ciclovias e de parques infantis, de modo a afastá-los de zonas próximas de vias muito movimentadas, com elevados níveis destas partículas analisadas, refere o NYT.

Para terminar, o jornal nova-iorquino salienta uma questão pertinente de Anna Gerotta: ”Como é que esperam que as pessoas usem os autocarros se eles estão sempre presos no tráfego?

Artigo publicado em: Ciência Hoje

Piratas informáticos controlam mais de um milhão de computadores em todo o mundo

Mais de um milhão de computadores no mundo são controlados por «hackers», que os utilizam para atacar serviços on-line, espalhar correio electrónico não solicitado e roubar informação pessoal, segundo um relatório apresentado hoje pelo FBI. Os autores de redes de «botnets», uma teia de computadores «zombie», é quase impossível de dominar na totalidade, mas o FBI já conseguiu deter alguns dos piratas informáticos que controlam os computadores de outros utilizadores.

Esta semana, um «hacker» foi detido por ter desligado o sistema de computadores de uma área hospital de Chicago, em 2006, que levou ao atraso de vários serviços médicos. Outro, também condenado esta semana, era especialista em enviar correio electrónico não solicitado («spam») desde 2003, tendo infectado milhares de computadores no mundo.

A utilização de computadores de terceiros era, há cerca de sete anos, considerada apenas uma piada entre cibernautas, mas hoje em dia evoluiu para esquemas de fraude. Através do ataque a um site, os «hackers» conseguem aceder a informação pessoal, roubar números de cartões de crédito e informação da segurança social.

Os «hackers» conseguem até comprar e vender acções através de contas pessoais, controlando o preço das acções para ter o maior ganho possível. Segundo director assistente do FBI, Shawn Henry, este tipo de acções, mesmo com a monitorização existente, continuará sempre a existir e evoluir, utilizando os computadores de pessoas menos atentas e insuspeitas.

Rede de «botnets»

Os «hackers» criam a rede de «botnets» procurando na Internet os computadores vulneráveis, que depois infectam para os tornar parte de uma rede. O computador passa a estar controlado por completo pelo pirata e pode ser utilizado para ataques a servidores ou páginas, envio de correio electrónico não solicitado, roubo de informação de autenticação, correr qualquer programa ou aceder a todos os documentos.

O FBI está ainda a investigar milhares de fraudes e casos de intrusão em computadores, embora ainda não saiba quais são os casos que estão ligados a «botnets». Os utilizadores devem confirmar regulamente se o seu computador está infectado, através do antivírus, e utilizar programas de segurança, como uma «firewall».

«Se as pessoas levam o carro à inspecção uma vez por ano, para ter a certeza que andam em segurança, têm de fazer o mesmo tipo de coisa com o computador», disse Shawn Henry.


Artigo de Ciência Hoje

segunda-feira, junho 11, 2007

Zâmbia, Paraíso dos Hipopótamos


O Luangwa, um dos últimos grandes rios da África Austral não alterado por barragens, sustenta e protege o vale por onde corre. Hipopótamos, elefantes, girafas, leões, leopardos, búfalos e muitas outras espécies proliferam nos 50 mil quilómetros quadrados da savana arborizada que este rio de 800 quilómetros irriga. Em contrapartida, escasseiam habitantes humanos. Uma das razões para esse despovoamento é o ciclo anual das cheias do Luangwa. Texto de Christine Eckstrom; Fotografias de Frans Lanting

Todos os anos, durante a época das chuvas, o rio reinventa a terra: o riacho com água pelos joelhos transforma-se numa agitada torrente castanha, transbordando sobre as planícies e matas em redor e tornando intransitável por estrada, durante quase metade do ano, este vale no Leste da Zâmbia. Na outra metade do ano, as águas recuam e abrem uma paisagem rejuvenescida, que lentamente se cresta ao longo do demorado período de seca que se segue. Em finais de Outubro, já as pastagens das planícies alagadiças foram devoradas até sobrar apenas o restolho. O vento quente levanta a poeira do solo, provocando minúsculos tornados. Ao pôr do Sol, os hipopótamos emergem das últimas poças fundas do rio e desaparecem nas sombras do mato para se alimentarem. Alguns percorrem vários quilómetros em busca de comida e muitos morrem nesta época de aflição. Certo dia, de manhã, avistamos um pequeno hipopótamo morto flutuando rio abaixo. As fêmeas aproximam-se, tocam-lhe com o focinho, lambem-lhe a pele e, depois, afastam-se. As variações sazonais podem revelar-se difíceis para os animais selvagens do vale, mas os seres humanos têm sido responsáveis por dificuldades ainda maiores. No passado, a caça legal ou furtiva reduziu, de forma drástica, as populações de hipopótamos e elefantes. No entanto, ambas as espécies conseguiram recuperar. No mês de Novembro, começam a acumular--se nuvens de tempestade, negras e sombrias, e o céu ribomba toda a noite. Numa tarde, uma fria cortina cinzenta de chuva varre a terra, fustigando-a com uma forte torrente e limpando a poeira da erva e as árvores. Praticamente da noite para o dia, rebentos verdes brotam da terra. Os elefantes e os búfalos dispersam pelas terras mais altas, onde as pastagens são frescas; as impalas dão à luz e as zebras materializam-se, saindo da mata com as suas minúsculas crias. Poucos dias depois das primeiras chuvas, as cegonhas-de-abdim aparecem no céu, rodopiando em espirais compostas por milhares de aves. Estão a migrar para sul e alguns africanos conhecem-nas como portadoras da chuva. Aterram em grupo, com os seus corpos ondulantes, deslocando-se pela erva numa frente ampla, semelhante a fogo em movimento, comendo os sapos e insectos atraídos pela água. Chegou a nova estação. Leia o artigo completo na revista National Geographic Portugal

Comunicação entre chimpanzés!!!

Chimpanzés espalham notícias
Estudo fornece primeira evidência de que chimpanzés transmitem comportamentos e costumes recém-adquiridos a outras comunidades
por Nikhil Swaminathan

Transmissão cultural: um novo estudo demonstra pela primeira vez que os chimpanzés podem adquirir novas tradições e transmiti-las para “colegas” de outros grupos
Um novo estudo de populações de chimpanzés demonstrou, pela primeira vez, que os parentes mais próximos dos humanos ensinam novos costumes a seus colegas em sua própria comunidade e também para grupos vizinhos. “Até agora, não havia evidência de que primatas não-humanos pudessem transmitir um comportamento adquirido de um grupo para outro”, diz Antoine Spiteri, da University of St. Andrews, na Escócia. Spiteri trabalha no laboratório de Andrew Whiten, líder do estudo publicado na Current Biology.

Primatólogos – incluindo equipes do Science Park do M.D. Anderson Cancer Center da University of Texas, em Bastrop, e do Yerkes National Primate Research Center da Emory University, em Atlanta – treinaram oito chimpanzés, cada um de uma comunidade diferente (que consistiam de sete a 17 membros), para utilizar mecanismos para pegar frutas. Os pesquisadores descobriram que os chimpanzés escolhidos transmitiram suas habilidades recém-adquiridas para seus pares dentro das oito comunidades quando elas foram expostas a dispositivos similares.

Em um caso, os animais foram treinados para puxar uma alavanca para forçar uma fruta a sair por um orifício, e então fazer um aparelho deslizar para guiá-la para dentro de uma caixa e através de um buraco grande o bastante, para que eles conseguissem alcançá-la e tirá-la de lá. Em outras situações, eles aprenderam “manobras” como perfurar, levantar uma barra ou colocar uma moeda para pegar o alimento tão cobiçado. “Quanto mais indivíduos aprendiam a tarefa, mais ela se tornava uma tradição”, diz Spiteri.

Quando mais de 50% do grupo aprendeu as tarefas, os pesquisadores colocaram a caixa em um canto do habitat, onde podia ser vista pela comunidade vizinha de chimpanzés, onde ninguém havia recebido treinamento. Os vizinhos curiosos observaram os chimpanzés treinados, e finalmente entenderam o que o grupo estava fazendo para pegar a comida. As novas técnicas também foram passadas para um terceiro grupo que se deparou com o estranho mecanismo de obter alimentos. Em geral, os animais adotaram e espalharam 10 novos costumes durante o processo.

Ver artigo compelto em: Scientific American Brasil

quinta-feira, junho 07, 2007

Elefantes conseguem captar vibrações com as patas


Vibrações transmitidas pelos passos dos seus congéneres são alertas
Vibrações transmitidas pelos passos dos seus congéneres são alertas
Os elefantes servem-se das suas patas para “ouvir” os chamamentos das outras manadas, graças às vibrações transmitidas pelos passos dos seus congéneres, sobretudo quando são elefantes que já conhecem, segundo a revista britância New Scientist. Os paquidermes eram já conhecidos pela sua capacidade de comunicar entre eles, a vários quilómetros de distância, graças à emissão de sons de baixa frequência.

Caitlin Rodwell (Stanford Report/Max Salomon)
Caitlin Rodwell (Stanford Report/Max Salomon)
Uma equipa de investigadores dirigida por Caitlin O'Connell-Rodwell, do departamento da Universidade de Stanford na Califórnia, suspeitava que as vibrações geradas no solo pelas manadas quando das suas deslocações, permitiam que os elefantes captassem sinais com os seus pés, que são particularmente sensíveis.

Os investigadores tiveram a ideia de gravar, nas planícies da Namíbia e do Quénia, chamamentos lançados por elefantes para alertar os seus parceiros sobre a presença de leões. De seguida, isolaram os sinais emitidos pelas vibrações no solo provenientes desses chamamentos para os retransmitirem a manadas de elefantes agrupadas perto de pontos de água na Namíbia.

Os elefantes reagiram de “forma espectacular, primeiro imobilizando-se no local, depois agrupando-se em grupos compactos, com as crias no meio”, segundo a revista New Scientist a publicar sábado. Quanto mais longe os elefantes se encontravam do apelo lançado pela manada, menos reagiam.

Mais curioso ainda, é que os elefantes da Namíbia demonstraram ser menos reactivos aos alertas emitidos pelas manadas do Quénia, aparentemente porque não estavam familiarizados com elas. O estudo será integralmente publicado no Jornal da Sociedade Acústica da América, segundo a New Scientist.

Artigo publicado em: Ciência Hoje

quarta-feira, junho 06, 2007

Em defesa dos animais!!!


Clique na imagem e veja o PowerPoint!

Gripe das Aves


Quer seja daqui a alguns dias, quer seja daqui a vários anos, irá surgir um novo surto virulento de gripe aviária, ninguém duvida!
Sobre o vírus que será responsável por ele é que não há tantas certezas!!
Como existe este perigo é real, existe um site português com diversa informação sobre este assunto, da responsabilidade do Departamento de Química, da Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade de Lisboa.

Para consultar
H5N1: A Gripe Aviária

Mais efeitos do aquecimento global...

Dia longo demais? O aquecimento global pode ser a solução
Mudanças climáticas podem acelerar a rotação da Terra


Giro acelerado: as mudanças climáticas aquecerão os oceanos, mudando a distribuição das águas e assim acelerando a rotação da Terra
Mais um impacto do aquecimento global: o fenômeno pode acelerar a rotação da Terra. De acordo com um modelo desenvolvido em computador por cientistas do Max Planck Institute for Meteorology em Hamburgo, na Alemanha, as mudanças climáticas aquecerão os oceanos; à medida que a água esquenta, irá se expandir, causando o aumento do nível dos mares – que já subiu 0,17 m no último século –, e movimentando a água do fundo dos oceanos para a superfície próxima à costa.

Como resultado, a distribuição relativa da massa de água se afastará do equador, em direção aos pólos. Haverá uma movimentação de tamanha quantidade de água que a Terra irá girar levemente mais rápido, como uma patinadora que aproxima os braços de seu corpo. “O ritmo da rotação da Terra muda se o momento de inércia é alterado por uma redistribuição de massa nos oceanos”, afirmam Felix Landerer e seus colegas na Geophysical Research Letters. O resultado será um dia com 0,12 milissegundos – pouco mais que um milionésimo de segundo – a menos, daqui a dois séculos.

É claro que há outros fatores em jogo. O modelo falha ao afirmar que uma quantidade adicional de água iria para os oceanos por meio do derretimento dos mantos de gelo na Groenlândia ou Antártica. “O derretimento ocorreria de maneira contrária, levando a massa para longe do eixo do planeta”, diz Richard Ray, da NASA. “Então isso cancelaria parte do efeito”.

Mudanças nos padrões dos ventos poderiam produzir um efeito similar, retardando ou acelerando o giro do planeta dependendo da direção em que o vento soprar. E o material derretido do centro da Terra, assim como a força de atração da Lua, também contribui para “brecar” a rotação da Terra de maneira muito mais significativa. “São quase dois milissegundos por século”, afirma Ray, “Há muito tempo atrás, o dia tinha 18 horas de duração”.

Em um futuro extremamente distante, esse atrito de marés lunares irá desacelerar a rotação da Terra, até que um dia se torne tão longo quanto um mês (apesar do Sol já poder ter engolido o sistema Terra-Lua antes que isso aconteça). Em curto prazo, o aquecimento dos oceanos do planeta pode fazer com que o dia passe um pouco mais rápido.

Artigo publicado em: Scientific American Brasil

segunda-feira, junho 04, 2007

Até quando?

Após 18 anos China mantém presos da praça Tiananmen
Treze pessoas ainda cumprem penas nas prisões chinesas por participarem dos protestos pró-democracia na praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial), em Pequim, em 4 de junho de 1989, segundo uma organização de dissidentes. A manifestação completa hoje 18 anos.

Ciência Hoje

Qual o rio mais comprido???

Amazonas bate o Nilo por um quilómetro

É o rio mais longo do Mundo

:: 2007-06-03
Amazonas tem 6672 quilómetros...
Amazonas tem 6672 quilómetros...
O rio Amazonas, com os seus 6.672 quilómetros, bate por um quilómetro o Nilo, que era até agora considerado o mais comprido do mundo, descobriram cientistas do Peru e do Brasil. O Instituto Geográfico Nacional (IGN) peruano informou na sexta-feira que um grupo de cientistas brasileiros e peruanos estabeleceu as bases para precisar a origem exacta do Amazonas, verificando tratar-se do rio mais comprido do mundo.

... e o Nilo tem 6671
... e o Nilo tem 6671
"Os resultados oficiais serão apresentados à comunidade científica internacional para colocar o rio Amazonas como o mais comprido do mundo", disse o director-geral de Cartografia do IGN, Ciro Sierra, que recordou que esta descoberta já é reconhecida por instituições como a National Geographic.

Até agora, o Amazonas era considerado o rio mais caudaloso do mundo, mas o Nilo, com os seus 6.671 quilómetros, era dado como o mais longo, seguido do Yangtsé, na China, com 6.380 quilómetros. Os cientistas brasileiros e peruanos internaram-se pelo rio que foi descoberto pelo espanhol Francisco de Orellana, em 1542, em busca da fonte originária daquele enorme curso de água.

Os integrantes da I Expedição Científica ao Nascimento do Rio Amazonas viajaram entre 23 e 30 de Maio até aos glaciares dos Andes, a mais de 5.000 metros de altitude.

Publicado em Ciência Hoje