sexta-feira, abril 27, 2007

Novo ciclo de tempestades solares começará em Março de 2008

Artigo publicado no site Ciência Hoje

Auroras boreais são um perigo para os astronautas
Auroras boreais são um perigo para os astronautas














Um novo ciclo de tempestades solares, que afectam as comunicações e põem em perigo os astronautas, começará provavelmente em Março de 2008 e terá o seu apogeu em finais de 2011 ou meados de 2012, anunciou fonte especializada.

As tempestades, que se caracterizam por enormes erupções na coroa do Sol, disparam fotões (partículas elementares que medem a força electromagnética) e matéria com carga eléctrica até à ionosfera e aos campos magnéticos da Terra.

Este fenómeno provoca interrupções e interferências nas comunicações, nos serviços de abastecimento de electricidade, nos satélites e nos sistemas de navegação GPS. As tempestades, que iluminam o céu nocturno com auroras boreais e austrais nas regiões polares, também são um perigo para os astronautas. A intensidade das tempestades solares mede-se de acordo com a maior ou menor quantidade de manchas que aparecem na superfície do Sol.

Em comunicado difundido quinta-feira, o Centro de Ambiente Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla inglesa) informou que o "Ciclo 24" de tempestades solares, que durará 11 anos, irá ocorrer 12 meses antes do previsto. É a terceira vez que se prevê uma actividade solar mas nenhuma das anteriores durou tanto tempo. Em 1989, um grupo científico anunciou o "Ciclo 22" de tempestades, que teve o seu momento alto nesse mesmo ano. O "Ciclo 23" foi indicado em Setembro de 1996, seis meses após o seu início.

A possibilidade de se antever mais rapidamente as tempestades solares foi aplaudida quinta-feira pela Administração Nacional de Aeronáutica e do Espaço (NASA, na sigla em inglês). "A NASA necessita de antevisões mais imediatas, para que os astronautas sejam avisados antecipadamente de que deverão proteger-se das radiações solares", afirmou Dean Pesnell, do Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA.

FCTUC estuda eventual construção de 14 barragens na Região Centro

Opinião: Não sou contra as barragens, são importantes para todas os cidadãos, mas catorze (14)! E serão mini-hídricas ou grandes barragens? A construção de grandes barragens implica enormes movimentações de terra, corte de florestas, movimentação de pessoas e bens, para nem falar nos ecossistemas!
Por exemplo, a escada para peixes na ponte-açude de Coimbra ainda nem está construída apesar de projectada há muito tempo (anos e anos!)! Quem sofre? As espécies migratórias!
Também não me parece que impedimos a destruição da nossa floresta, muito pelo contrário! temos de nos consciencializar que a nossa floresta não são nem pinhais nem eucaliptais!!!
É claro que temos de reduzir a dependência em relação aos combustíveis fósseis, mas não sei se este é o melhor caminho!
Espero que os especialistas pensem bem e consultem as populações antes de avançarem com mais alterações ambientais! As populações devem ter uma palavra a dizer, após conhecerem os prós e contras da construção destas hidroeléctricas!
Se vierem por bem, que venham!


Artigo do site Ciência hoje

Energia produzida poderá evitar importação de mais de 300 milhões de metros cúbicos de gás natural por ano

Investimento é oportunidade para a Região se afirmar
Investimento é oportunidade para a Região se afirmar












Uma equipa pluridisciplinar, dirigida por Aníbal Traça de Almeida, do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) investigou os impactos (positivos e negativos) resultantes da eventual construção de um conjunto de 14 Centrais Hídricas na Região Centro. A energia anual produzida seria de cerca de 2 TWh (Biliões de kWh), o que evitaria emissões de cerca de 700.000 toneladas de dióxido de carbono, dispensando a importação de mais de 300 milhões de metros cúbicos de gás natural por ano.

Este estudo, promovido pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), compreendeu as várias bacias hidrográficas da região, nomeadamente as bacias hidrográficas do Côa, do Mondego, do Paiva, do Vouga e do Ocreza. As 14 autarquias envolvidas no estudo foram chamadas a pronunciar-se e, na sua maioria, mostraram-se favoráveis à construção das barragens nos seus concelhos.

Os estudos realizados fundamentam o investimento a fazer na utilização dos recursos hídricos: “A construção dos potenciais aproveitamentos hidroeléctricos conduz a impactos positivos nos sistemas de Abastecimento de Água, no Amortecimento de Cheias e Correcção Estival, no contributo para a defesa contra Incêndios Florestais e no contributo para uma Reserva Estratégica de Água”, explica Traça de Almeida. Os aproveitamentos hidroeléctricos são também essenciais para a integração em larga escala de energias renováveis intermitentes, tais como as energias eólica e solar.

“O investimento no aproveitamento hídrico será uma óptima oportunidade para a Região Centro se afirmar, indo ao encontro do novo Plano Energético da União Europeia, que para 2020 apontam para o aumento da penetração das energias renováveis para 20% do consumo global da UE; Redução da intensidade energética em 20% e Redução das emissões de gases de efeito de estufa em 20%”, afirma o investigador da FCTUC.

Apresentando a Região Centro grandes vulnerabilidades à devastação por acção dos fogos florestais, a constituição de albufeiras é uma mais valia porque propicia o aumento local da humidade relativa do ar na sua zona de influência e a criação de locais favoráveis ao reabastecimento de meios aéreos de combate a incêndios, o que reduz os prejuízos associados. Dos contactos desenvolvidos com a equipa de estudo de fogos florestais do Departamento de Eng. Mecânica da FCTUC, pode considerar-se uma redução de área ardida da ordem dos 10% - 20%, para as zonas que passam a ficar dentro do raio de 25 km em relação à albufeira.

sábado, abril 21, 2007

Degelo das calotes glaciares da Gronelândia

Em relação a investigações anteriores
Estudo: calotes glaciares da Gronelândia estão a derreter duas vezes mais rápido

Nos últimos 25 anos, as calotes glaciares da Gronelândia têm vindo a derreter-se a um ritmo duas vezes mais acelerado do que estudos anteriores estimavam, segundo um estudo de cientistas belgas e franceses publicado na revista "Geophysical Research Letters".

Esta constatação surgiu depois de investigadores do Laboratório de glaciologia e geofísica do Ambiente (Grenoble) e da Universidade Católica de Louvain (Bélgica) fazerem uma nova avaliação dos dados obtidos por satélite e em modelos climáticos informáticos regionais. Aqui entraram variáveis atmosféricas (como os ventos, temperaturas, pressão, humidade, nuvens e precipitação) e o estado da neve à superfície e no gelo (temperatura, acumulação ou degelo do manto branco).

Entre 1979 e 2005, a superfície da Gronelândia afectada pelo degelo, pelo menos, um dia por ano, cresceu 42 por cento (correspondendo a 550 mil quilómetros quadrados), enquanto a temperatura média no Verão aumentou 2,4 graus.

Segundo os cientistas, "é na região Norte da Gronelândia que o fenómeno é mais espectacular: episódios significativos de degelo são lá observados desde 2000, a mais de 1500 metros de altitude, o que ainda não tinha sido revelado por dados de satélite", segundo uma nota do Centro Nacional francês de Investigação Científica.

O degelo dos gelos da Gronelândia terá impactes no nível dos mares e no clima da região atlântica, salientam os investigadores.

Fonte: Público

16 microfotografias incríveis...

No site da Scientific American Brasil é possível observar as fotografias vencedoras do concurso Olympus BioScapes 2006, um concurso anual que reúne as melhores microfotografias de seres vivos (ou que já estiveram vivos). A Olympus recrutou um grupo de microscopistas para julgar cada candidato acerca de sua contribuição científica, qualidade estética e excelência técnica.
São imperdíveis...

quinta-feira, abril 19, 2007

Árvores fósseis...

Fonte: Público

Artigo publicado hoje na revista "Nature"
Árvores sem folhas resolvem mistério da origem das florestas

A descoberta de dois fósseis de árvore nos solos do condado de Schoharie, em Nova Iorque, resolveu um mistério com mais de um século e levou os investigadores a concluir que as florestas surgiram há cerca de 380 milhões de anos, quando ainda nem existiam dinossauros. O estudo da universidade britânica de Cardiff e do New York State Museum foi divulgado hoje pela revista científica "Nature".

O grupo de investigadores americanos descobriu, em Junho de 2004, uma rama intacta de árvore, semelhante às do já conhecido grupo Wattieza. No Verão seguinte, foi descoberto um tronco com oito metros de comprimento, semelhante ao grupo Eospermatopteris. Os dois pedaços, dizem os investigadores, pertencem à mesma espécie, uma árvore semelhante às actuais plantas vasculares, com um formato de palmeira, que terá dado origem à primeira floresta terrestre conhecida.

O achado permitiu resolver o mistério que paira desde 1870, quando trabalhadores norte-americanos reparavam uma estrada danificada pelas cheias que afectaram a região de Gilboa e descobriram uma rocha com o fóssil de uma árvore. A espécie cedo denunciou a existência da mais antiga floresta do planeta, mas a sua definição permaneceu uma incógnita. Desde esta descoberta, os paleontólogos nunca mais viram um exemplar tão antigo, identificado com o período Devoniano.

A reconstrução feita agora mostrou que a árvore de Gilboa, assim conhecida, era uma planta diferente. O longo tronco despido de ramos e folhas terminava numa enorme rama que se dividia em minúsculos ramos. As muitas raízes, que a fixavam ao chão e absorviam água e nutrientes, eram todas do mesmo tamanho.

Os investigadores que analisaram a área onde foram encontrados os fósseis acreditam que as árvores caíram depois de mortas e foram transportadas pela corrente da água até se afundarem na foz do rio. Os fósseis submersos e atascados foram identificados com a ajuda de varas e escavações.

Quando surgiram as primeiras árvores, a vida animal estava confinada à existência de pequenos artrópodes, grupo que inclui os insectos, aracnídeos, e crustáceos. “As árvores precederam os dinossauros em 140 milhões de anos”, refere, num comunicado de imprensa, o paleontólogo Ed Landing, do New York State Museum. “Não existiam répteis nem anfíbios”.

“A formação das primeiras florestas mudou o sistema da Terra, criou novos micro-ambientes habitados por pequenas plantas e insectos e armazenou uma grande quantidade de carbono nos solos”, refere Christopher Berry, da Universidade de Cardiff.

O grupo de cientistas acredita que esta nova descoberta é essencial para compreender a forma como as florestas evoluíram e se tornaram tão importantes para no equilíbrio ecológico terrestre.

segunda-feira, abril 16, 2007

Floresta autótocne!

Folheto da Alambi sobre a floresta autóctone portuguesa!

domingo, abril 15, 2007

Fósseis em Peniche provam efeito de estufa

O estudo de fósseis encontrados em Peniche permitiu a cientistas das universidades de Coimbra e Oxford concluir que o efeito de estufa, causado pela libertação de dióxido de carbono (CO2) para a atmosfera, já ocorreu há 183 milhões de anos.

De acordo com a agência Lusa, após dois anos de investigação, a Universidade de Coimbra divulgou na passada terça-feira que os cientistas chegaram à conclusão que “o problema do aquecimento global já tem, afinal, milhões de anos”. O trabalho infere que há 183 milhões de anos, no período Toarciano (Jurássico Superior), “foram libertadas para a atmosfera elevadas concentrações do dióxido de carbono, tendo causado a amplificação do efeito de estufa e uma extinção em massa de grupos de invertebrados marinhos”.

A investigação, que teve como base de estudo a zona costeira de Peniche, foi desenvolvida por cientistas da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, da Universidade de Oxford (Reino Unido) e da Petrobras (Brasil).

O trabalho científico foi agora publicado na revista “Earth and Planetary Science Letters” e intitula-se “Carbon-isotope record of the Early Jurassic (Toarcian) Oceanic Anoxic Event from fossil wood and marine carbonate (Lusitanian Basin, Portugal)”.

Os dados obtidos e analisados no artigo apontam, “de forma inequívoca, para uma fase de grande aumento da concentração de dióxido de carbono na atmosfera e clara amplificação do efeito de estufa”.
IN: Região de Leiria (13-4-2007)

terça-feira, abril 10, 2007

Mudanças climáticas: o resultado de Bruxelas

Artigo publicado na Scientific American Brasil


09/04/2007

Mudanças climáticas: o resultado de Bruxelas

Depois de muito debate, os cientistas reunidos no painel inter-governamental sobre mudanças climáticas (IPCC, na sigla em inglês) das Nações Unidas chega ao consenso de que evidências observadas em todos os continentes e na maioria dos oceanos mostram que diversos sistemas naturais estão sendo afectados por mudanças climáticas regionais, particularmente elevação de temperatura. A reunião ocorreu em Bruxelas e o sumário provisório intitulado “mudanças climáticas: impactos, adaptações e vulnerabilidades” foi lançado no último dia 6 de Abril.

A reunião é parte do processo instituído pela Organização das Nações Unidas para actualizar o conhecimento sobre mudanças climáticas e subsidiar futuras negociações que permitam evitar catástrofes e diminuir riscos. Na secção voltada a cenários futuros, o relatório aponta a vulnerabilidade das áreas costeiras e milhões de pessoas afectadas por enchentes todos os anos em consequência da elevação do nível dos mares por volta de 2080. Com menor ênfase, a possível substituição de parte da floresta amazónica por savana como consequência do aumento da temperatura e da menor humidade do solo por volta de 2050.

O Próximo encontro deve ocorrer no mês de Dezembro deste ano. Até lá, encontros regionais para debater os resultados serão realizadas em diversos países. No Brasil, as conclusões poderão ser discutidas em detalhes durante a reunião programada para o dia 10 de Abril, no Instituto de Estudos Avançados, na USP.

Para ler o sumário da reunião de Bruxelas: http://www.ipcc.ch/SPM6avr07.pdf

sábado, abril 07, 2007

sexta-feira, abril 06, 2007

Nova réplica nos Açores (intensidade III)!

Comunicado do Centro de Vulcanologia e Avaliação de Risco Geológico

06/04/2007 15:21
Sismo sentido em S. Miguel
Foi sentido um sismo na ilha de S. Miguel às 15:21h (hora local), com epicentro localizado a cerca de 24 km a Este dos ilhéus das Formigas. O evento foi sentido com intensidade máxima III (Escala de Mercalli Modificada) no concelho da Povoação.
Este evento enquadra-se no conjunto de réplicas que se têm vindo a registar desde o dia 5 de Abril, na sequência do forte sismo ocorrido na mesma região epicentral às 03:56h (hora local).

quinta-feira, abril 05, 2007

Exercício de Jornalismo: Temperatura do planeta Marte!

Hoje, nas minhas andanças pelas notícias científicas, sempre na tentativa de enriquecer este espaço, descobri dois artigos interessantes. Ambas noticiam o aumento da temperatura do planeta Marte. O estudo em que se basearam foi o mesmo, mas a forma de noticiar esse mesmo estudo é que... não foi igual! Atrevo-me, baseada na minha pouco (ou quase nenhuma) experiência jornalística, a especular sobre a forma de noticiar este estudo.

Quem ler os dois artigos ficará com duas expectativas diferentes do mesmo estudo! Quando li o primeiro (não digo qual) fiquei com a impressão de que iria levantar problemas sobre o aquecimento global da Terra. Pois o que era noticiado para Marte, também poderia ser aplicado à Terra! Desta forma, o responsável pelo aquecimento global seria o Sol e não o Homem. Este artigo tinha já um comentário nesse sentido! O segundo artigo aborda o mesmo assunto de uma maneira diferente, pelo que compreendi o que o primeiro artigo queria transmitir, mas não conseguiu!

Só abordo esta situação porque acho importante a forma como os factos são transmitidos ao público, com poucos conhecimentos científicos!
Temos de ser mais rigorosos, se queremos que a ciência tenha credibilidade. Pelo menos é essa a minha opinião!

Publico agora os dois artigos (e respectivo comentário) que me impressionaram de forma tão particular!

Artigo de Ciência Hoje

Temperaturas de Marte também estão a aumentar

:: 2007-04-04
Segundo a Nature em Marte as temperaturas também sobem
Segundo a Nature em Marte as temperaturas também sobem
Cientistas norte-americanos descobriram que o planeta Marte também está a registar alterações climáticas que têm provocado o aumento das temperaturas médias e têm origem nas variações da luz solar que chega à superfície. Os resultados da investigação, publicados na edição de hoje da revista Nature, estimam em 0,65 graus centígrados o aumento das temperaturas médias de Marte desde a década de 70 e até aos anos 90 do século passado.


Segundo o estudo, o aquecimento do planeta vermelho contribuiu aliás para uma "rápida" e "comprovada" diminuição da capa de gelo existente no pólo Sul de Marte, observada nos últimos quatro anos. Os cientistas explicam, no artigo, como as variações dos raios solares na superfície do planeta estão relacionadas com um maior movimento das partículas de pó no ar e com o aumento da circulação do vento em Marte, o que por sua vez provoca o aumento das temperaturas.

Até agora, só se tinha atribuído às radiações solares o maior movimento do pó marciano, mas não o aumento da circulação dos ventos nem o seu efeito nas temperaturas do planeta. Além disso, as mudanças na quantidade de radiação solar que incide e que é reflectida pela superfície de Marte reforçam os ventos que geram as alterações climáticas.

Os cientistas, entre os quais Robert M.Haberle da NASA, descrevem como, nas últimas três décadas, aumentou a circulação de vento nas áreas mais escuras de Marte e diminuiu nas zonas mais iluminadas. A notícia da Nature sugere que, no futuro, se considerem as mudanças na quantidade de radiação solar em Marte quando se investigar a sua atmosfera e clima.


Comentários

Fernando Santana 2007-04-05 - 09:58
Curioso como as variações das radiações solares fazem aumentar a temperatura em Marte... mas na Terra não. Na Terra é um obscuro e raro gás o responsável... E ainda por cima o responsável último é o Homem, que não libertou nem metade dessa rara quantidade... E ainda é curioso como se esquecem que o que o Homem "libertou" já esteve na atmosfera, muitas vezes... há uma coisa chamada o ciclo do carbono...
Superfície de Marte pode provocar aquecimento global
por JR Minkel
NASA
Diminuição de brilho: Mudanças no albedo (grau de refletividade) da superfície marciana podem ter mudado o clima do planeta, de acordo com simulações por computador.
Um escurecimento da superfície de Marte pode ter causado um gradual aquecimento nos últimos 20 anos. Com base num modelo do clima do planeta, pesquisadores relataram que o brilho ou escuridão de seu terreno influenciam fortemente sua temperatura atmosférica. Eles concluíram que o calor absorvido por rochas escuras aumenta a velocidade dos ventos, que por sua vez removem a areia e poeira, que são claras. Com isso, o terreno fica ainda mais escuro e o processo é realimentado. Mas o aquecimento previsto teoricamente é difícil de confirmar, dizem os pesquisadores. Ele está sujeito a mudanças que dependem do movimento da areia.

Fotografias obtidas nas últimas três décadas mostram que vastas regiões de Marte se tornaram mais claras ou mais escuras em 10% ou mais. No total, isso fez com que o planeta refletisse cerca de 20% da luz solar. Para determinar se mudanças no albedo (a porcentagem da luz solar refletida pelo planeta) afetam o clima, fotos obtidas pelas naves Viking, tiradas entre 1976 e 1978, foram comparadas com imagens da Mars Global Surveyor obtidas em 1999 e 2000.

Dados sobre o albedo marciano foram incorporados a um modelo computadorizado do clima do planeta, que simulava mudanças na temperatura e na direção dos ventos ao longo de um ano. No modelo, as áreas que se tornaram mais escuras aqueceram o ar sobre elas, levando à formação de pequenos redemoinhos que varriam partículas escuras do solo, segundo Lori Fenton, membro do grupo que realizou a simulação, no Centro Carl Sagan, Califórnia. As regiões menos reflexivas também apresentaram ventos mais fortes, pois o ar quente se dirige às regiões mais frias, causando turbulência.

A diferença de albedo entre os dois períodos gerou um aquecimanto de 0,65ºC, de acordo com Fenton e colaboradores, que publicaram seus resultados nesta semana na revista Nature. Uma lenta elevação da temperatura no pólo sul marciano durante os verões pode ser a causa da diminuição de tamanho da calota polar nos últimos 4 anos, observam os cientistas. O processo de aquecimento, diz Fenton, estaria na verdade diminuindo, pois as maiores tempestades de poeira, que varreram todo o planeta, aconteceram nos anos 70.

Sismo nos Açores!


Informação obtida em Instituto de Meteorologia

Sismo nos açores: comunicados emitidos pelo SRPCBA

Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores


COMUNICADO 07/2007

05/04/07 – 05:00H

O Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que segundo o SIVISA, no dia 05 de Abril foi registado um forte evento às 03h56 (hora local), com epicentro preliminar localizado a cerca de 13km a Este dos ilhéus das Formigas. O sismo foi seguido por várias réplicas, algumas das quais igualmente sentidas pela população.

De acordo com a informação disponível até ao momento, o evento principal foi sentido nas ilhas de São Miguel e Santa Maria, com intensidade máxima V/VI (Escala de Mercalli Modificada) e na ilha Terceira com intensidade III/IV.

Não foram registados quaisquer danos materiais ou pessoais.


COMUNICADO 08/2007

05/05/07 – 07:00H

No seguimento do comunicado anterior, o Serviço Regional de Protecção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) informa que segundo o SIVISA, foi registado um forte evento às 03h56 (hora local), com epicentro preliminar localizado a cerca de 13km a Este dos ilhéus das Formigas. O sismo foi seguido por várias réplicas, algumas das quais igualmente sentidas pela população.

De acordo com a informação disponível até ao momento, o evento principal sentido com intensidade máxima V/VI (Escala de Mercalli Modificada) na ilha de São Miguel, mais concretamente, em Povoação e Faial da Terra, intensidade V em Água Retorta e Ribeira Quente, e intensidade IV/V nas restantes freguesias.

O sismo foi igualmente sentido na ilha de Santa Maria, com grau V nas freguesias de Santa Bárbara e Santo Espírito e grau IV em São Pedro, Almagreira e Vila do Porto.

Na ilha Terceira foi sentido com intensidade IV em Praia da Vitória e Fontinhas, III/IV em Fonte do Bastardo e São Brás, III em Porto Martins, Porto Judeu, São Sebastião e Quatro Ribeiras, II/III em Angra do Heroísmo, e II nas freguesias da parte oeste.

Não foram registados quaisquer danos materiais ou pessoais.

quarta-feira, abril 04, 2007

Consumo de carne aumenta risco de cancro da mama!!!

Notícia do jornal Público

Estudo do British Journal of Cancer
Consumo de carne aumenta risco de cancro da mama
04.04.2007 - 18h43 Rita Sousa

O consumo de pequenas ou grandes quantidades de carne pode aumentar o risco de desenvolvimento do cancro da mama nas mulheres, revela um estudo publicado na revista cientifica British Journal of Cancer.

Entre os vários tipos de carne, os especialistas destacam a carne vermelha – vaca, porco e borrego – e a carne processada – hambúrguer ou salsicha – como as principais responsáveis pelo aumento da doença nas mulheres na pós – menopausa. Em relação à carne de aves esta revelou ser pouco prejudicial para as mulheres.

Os especialistas concluíram também que as mulheres na menopausa, que ingiram a mesma quantidade de carne que as mulheres na pré-menopausa, têm maior probabilidade de desenvolver o cancro da mama.

O estudo, da Universidade de Leeds, baseou-se na análise dos diferentes hábitos alimentares de 35 mil mulheres inglesas, com idades compreendidas entre os 35 e os 69 anos, em período pré e pós menopausa. Ao longo dos oito anos de investigação 283 mulheres na pré-menopausa e 395 na pós-menopausa desenvolveram a doença.

Os factores genéticos são também responsáveis, entre 5 a 10 por cento, pelo desenvolvimento do cancro da mama. O grupo de investigadores concluiu que as mulheres na pré-menopausa têm um risco acrescido de desenvolverem a doença se já tiverem uma predisposição genética.

O estudo mostra ainda que as mulheres mais jovens são as que consomem menos carne, mais legumes e verduras e têm o menor índice de massa corporal (IMC), contrastando com as mulheres que consomem mais de 103 gramas de carne por dia e que apresentam o maior IMC.

Até ao final do século irão desaparecer 1/4 das espécies existentes!

Artigo publicado em Ciência Hoje:

Um quarto das espécies em extinção até final do século

O urso polar é uma das espécies ameaçada

Um quarto das espécies de fauna e flora do mundo estarão ameaçadas de extinção durante este século caso a temperatura média do planeta aumente dois ou três graus em relação a 1990, advertem especialistas. "É altamente provável que as alterações climáticas se traduzam na extinção de numerosas espécies e na redução da diversidade dos ecossistemas", refere um esboço do relatório que será apresentado sexta-feira por especialistas reunidos em Bruxelas e que é citado pela agência France Press. Os corais e ursos polares são algumas das espécies em extinção durante este século devido ao aumento da temperatura média.



No encontro do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC, na sigla inglesa) estão reunidos 285 delegados de 124 países e mais de 50 cientistas, além de dezenas de observadores de organizações não-governamentais. Em Fevereiro, o relatório do IPCC previa uma subida da temperatura média entre 1,8 a quatro graus até 2100, comparativamente com a temperatura de 1990.

O documento que está a ser elaborado na reunião de Bruxelas prevê que 20 a 30 por cento das espécies no mundo corram risco de extinção se a temperatura média subir entre dois a três graus. Cada espécie reage de diferente forma ao calor e os limites de resistência são variáveis.

Por exemplo, uma subida de apenas algumas décimas na temperatura em relação a 1990 é já uma séria ameaça para espécies frágeis como os recifes de corais ou para a flora do deserto de Karro, em África. Os peritos do IPCC referem que com um aquecimento provável de dois a três graus os corais estarão sujeitos a uma "mortalidade a larga escala".

No Árctico, onde o ritmo de aquecimento é duas vezes mais rápido do que a média, os ursos polares são directamente ameaçados pela diminuição dos bancos de gelo. Numa fase inicial, o aumento da temperatura e das emissões de dióxido de carbono (CO2) pode ter efeitos positivos no crescimento das plantas nas regiões temperadas. No entanto, à medida que o calor aumenta o fenómeno inverte-se e a vegetação começa definhar.

Segundo o esboço do relatório que deverá ser apresentado na sexta-feira, um aumento de dois graus na temperatura média até ao final do século terá consequências consideráveis, com mais dois mil milhões de homens a sofrer com a falta de água (1.000 milhões na Ásia e 600 milhões em África). Um aumento de um grau trará mais 30 milhões de homens a sofrer com fome, número que crescerá ainda 10 milhões se o aumento for de dois gruas.

Fóssil de anfíbios descoberto na Antártida!

Artigo retirado de Ciência Hoje:

Anfíbio fóssil "do norte" descoberto na Antártida

Exemplo de Parotosuchus da Rússia

Uma equipa científica internacional descobriu os restos inesperados de um grande anfíbio na Antártida, em rochas datadas de há 245 milhões de anos, indica um estudo hoje publicado. No final de um longo trabalho de análise do fóssil, constituído por uma porção de crânio de 60 centímetros de comprimento, os cientistas constataram com surpresa que se tratava de um anfíbio do género Parotosuchus.

A existência desta "salamandra" gigante, de mais de dois metros, não é por si só uma descoberta, já que várias espécies destes animais que povoaram a Terra 40 milhões de anos antes dos primeiros dinossáurios foram descritas a partir de restos provenientes da África do Sul, Alemanha, Rússia, Cazaquistão e Estados Unidos. A novidade é a sua descoberta tão a sul, no continente gelado, em plenos Montes Transantárcticos.

Isso revela que estes anfíbios viveram também a 2.000 quilómetros a sul do ponto mais austral onde a sua presença era até agora conhecida (a bacia de Karoo, na África do Sul) numa época em que a África e a Antártida era um só continente, a Pangea.

Estes restos fósseis mostram que "as condições climáticas do Triásico inferior ou do início do Triásico médio eram bastante amenas, pelos menos sazonalmente, para que um animal de sangue frio semi- aquático pudesse viver na margem sul da Pangea, segundo os autores do estudo.

Membros do grupo dos Temnospondyli, os Parotosuchus eram predadores que viviam em lagos e cursos de água. Tinham pele escamosa e coberta de couro, diferente da textura lisa dos actuais anfíbios e dos seus primos afastadas, as salamandras. Pensa-se que se deslocavam na água como as enguias, ondulando o corpo e a barbatana caudal.

O estudo - da autoria de Jean-Sébastien Steyer, do Museu Nacional de História Natural de Paris, Christian Sidor, do Nuseu Burke de Seattle (Washington) e Ross Damiani, do Museu de História Natural de Estugarda (Alemanha) - vem hoje publicado no Journal of Vertebrate Paleontology.

Nova proteína ajuda a combater as superbactérias!

O Site da Scientific American Brasil está remodelado! Ficou muito interessante!
Foi desse site que retirei a notícia seguinte:

Nova proteína ajuda a combater as superbactérias
Como lidar com bactérias mortíferas resistentes aos mais modernos antibióticos?

Glóbulos brancos são reforçados por uma nova proteína que
protege os camundongos contra bactérias resistentes a medicamentos


Simples: estimule o próprio sistema imunológico a combater sozinho os microrganismos assassinos. Pesquisadores desenvolveram um novo composto que ativa a primeira linha de defesa do sistema imunológico. Camundongos submetidos a esse composto ficaram menos propensos a adoecer devido à ação de algumas bactérias super-resistentes a certos medicamentos. O grupo especula que com essa nova droga tais infecções poderiam novamente se tornar vulneráveis aos antibióticos.

Bactérias resistentes a antibióticos atingem cerca de 2 milhões de pessoas, das quais só na América do Norte cerca de 90 mil morrem a cada ano, informa o imunologista Robert Hancock, da Universidade da Colúmbia Britânica. Entre as bactérias mais perigosas estão o Enterococcus (resistente à vancomicina) e o Staphylococcus aureus (resistente à meticilina). Procurando novas formas de combater essas bactérias, também conhecidas como “superbugs” ou superbactérias, Hancock estudou um grupo de pequenas proteínas, os peptídeos, que em altas concentrações podem debelar essas bactérias.

Preocupado com a possibilidade de os peptídeos desencadearem uma septicemia, condição potencialmente letal causada por uma bactéria na corrente sanguínea, Hancock administrou-os em camundongos infectados. “O que descobrimos, ao contrário, foi que os peptídeos reverteram a septicemia”, diz o pesquisador. O único problema foi que eles causaram reações alérgicas e mataram células intestinais saudáveis. Por isso, Hancock e seus colegas desenvolveram peptídeos ainda menores na esperança de prevenir a septicemia sem causar outras complicações.
Eles criaram um peptídeo com apenas 13 aminoácidos chamado de regulador de defesa inata (IDR-1). Para testá-lo, o injetaram em camundongos um ou dois dias antes ou quatro horas após os roedores serem infectados pelo Enterococcu, pelo Staphylococcus aureus ou pela salmonela. Os camundongos tratados obtiveram um índice de sobrevida à infecção cerca de duas vezes maior. Os dados foram divulgados pelo grupo na edição de final de março da revista Nature Biotechnology.

Hancock, que é co-fundador de uma empresa que comercializa o IDR-1, disse que o peptídeo não mata a bactéria diretamente. Em vez disso, induz o corpo a dar sua resposta imunológica imediata inespecífica, a chamada imunidade inata. Portanto, uma infecção posterior faz com que o corpo produza uma leva extra de glóbulos brancos – os monócitos – e macrófagos, que vão eliminar os microrganismos invasores. Assim, os neutrófilos, mais agressivos e com maior possibilidade de causar a septicemia, são liberados em menor escala. Hancock diz que os testes clínicos do IDR-1 começarão daqui a um ano.