quarta-feira, outubro 10, 2007

National Geographic de Outubro!

Saiu a revista de Outubro da conceituada National Geographic Portugal!
Mais uma vez alerta para os perigos que o nosso lindo planeta corre, nos dias de Hoje!
Dos artigos que podem ser lidos na revistas, escolhi um resumo (retirado do site) sobre o degelo na cordilheira montanhosa dos Andes e a consequência deste para as populações andinas.

Não pode passar em branco! Temos de ler e consciencializar-nos que está na hora de agir! Agora!




Mesmo nos seus tempos áureos, a área de ski de Chacaltaya nunca rivalizou com Aspen. Num vale desolado dos Andes bolivianos, Chacaltaya tinha apenas para oferecer uma pista de descida de 800 metros, uma subida de regresso ao cume por tele-ski mecânico e uma infusão de folhas de coca para combater as cefaleias da altitude. Todavia, a 5.260 metros, Chacaltaya era a área de ski mais elevada do mundo. “Deu-nos muita glória”, lembra Walter Laguna, presidente do clube de montanha da Bolívia. Texto de Tim Appenzeller; Fotografias de James Balog

“Organizámos campeonatos sul-americanos com o Chile, a Argentina e a Colômbia.” Esses tempos de glória chegaram ao fim. Esquiar neste local dependia de um pequeno glaciar que se transformava numa pista de ski aceitável quando a estação húmida da Bolívia o cobria de neve. O glaciar já estava a regredir quando a área de ski abriu em 1939. Na última década, entrou definitivamente em espiral descendente. No ano passado, tudo o que restava eram três secções de gelo arenoso, a maior delas com escassas duas ou três centenas de metros de extensão. O tele-ski atravessava campos de pedras. Das montanhas às calotas glaciárias polares, o mundo está a perder o seu gelo mais depressa do que se julgava possível. Até os cientistas que vigiam Chacaltaya desde 1991 pensavam que o glaciar resistiria mais tempo. Face às emissões automóveis e industriais que aquecem o clima, não admira que os glaciares estejam a derreter. Mas ultimamente, a perda de gelo tem ultrapassado a constante subida das temperaturas globais. Os cientistas estão a descobrir que os glaciares e as calotas glaciárias são surpreendentemente sensíveis. Em vez de derreter de maneira regular, como um cubo de gelo num dia de Verão, são propensos a efeitos de retroalimentação: a descongelação provoca mais descongelação, e o gelo regride de modo acentuado. Em Chacaltaya, por exemplo, as pedras escuras postas a nu pelo glaciar em processo de derretimento vieram acelerar ainda mais a sua morte, pois absorvem o calor do sol. Outros efeitos de retroalimentação estão a provocar a diminuição dos glaciares alpinos de maiores dimensões antes do previsto, precipitando as calotas glaciárias polares oceano adentro. A maioria dos glaciares dos Alpes poderá desaparecer até ao fim deste século, e o gelo que dá nome ao Parque Nacional dos Glaciares, nos EUA, poderá derreter até 2030. Os pequenos glaciares espalhados pelos Andes e pelos Himalaia têm, na melhor das hipóteses, mais algumas décadas. E o prognóstico para as calotas que cobrem a Gronelândia e a Antárctida? Ninguém sabe. Eric Rignot, cientista do Laboratório de Propulsão a Jacto (JPL) da NASA, mediu uma duplicação na perda de gelo da Gronelândia ao longo da última década e comenta: “Assistimos actualmente a coisas que, há cinco anos, pareceriam impossíveis, extravagantes, exageradas.” O destino de muitos glaciares alpinos já está traçado. Milhões de pessoas de países como a Bolívia, o Peru e a Índia que dependem actualmente da água do degelo dos glaciares de montanha para irrigar os campos, beber e produzir energia eléctrica poderão ficar a seco. Leia o artigo completo na revista

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