quarta-feira, julho 25, 2007

Perigo no ar: novos testes revelam milhares de químicos potencialmente nocivos a mais

Ao estudar as interações de substâncias químicas industriais no ar, cientistas descobrem que milhares deles podem se acumular em moléculas de gordura e “viajar” na cadeia alimentar
por David Biello

Perigo no ar? Um novo estudo revela que lobos canadenses estão acumulando substâncias químicas potencialmente perigosas porque, embora elas sejam solúveis em água, não se dissolvem no ar
O inseticida DDT é infame por ser transmitido na cadeia alimentar e, entre outros males, fazer com que a casca dos ovos das águias carecas fique fina como papel. O carcinogênico entra na cadeia alimentar em concentrações baixas mas, devido à capacidade de se esconder em moléculas de gordura, chega a concentrações cada vez mais altas (um processo chamado biomagnificação), passando de algas para larvas e então dos peixes para águias – o que levou à sua proibição nos Estados Unidos em 1972.

No entanto, uma parte importante da “rede de ar” da Terra foi deixada de lado: os animais que respiram, de roedores a seres humanos. Um novo estudo mediu a facilidade com que substâncias químicas saem dos pulmões para o ar em comparação à facilidade com que elas são dissolvidas em gorduras e água. A pesquisa, publicada na Science, revela que milhares delas têm a capacidade de se acumular em animais que respiram ar – e talvez também naqueles que “respiram” água.

Um grande número de substâncias químicas solúveis em água não se dissolve tão bem no ar, se acumulando “especificamente em cadeiras alimentares não-aquáticas: mamíferos, pássaros e seres humanos”, explica o chefe da pesquisa, Frank Gobas, da Simon Fraser University, na Columbia Britânica.

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