sexta-feira, janeiro 26, 2007

A luta do atum pela sobrevivência!

Chegou a vez do atum ser protegido. Após anos e anos de pesca intensa, apercebem-se que as reservas podem diminuir a ponto de colocar em risco o comércio desta espécie. Qualquer dia, comer atum só nos restaurantes mais caros. Até quando as pessoas vão explorar os recursos piscícolas indiscriminadamente? Não falo só do atum, mas de todas as espécies comercializáveis! Para que estas espécies sejam capturadas, muitas outras também o são, conduzindo para valores próximos da extinção demasiados seres vivos. Recordo-me, como figueirense que sou, que em alguns anos, para aumentar o valor comercial da sardinha, lançava-se, já no porto, sardinha borda fora. Desta forma, ao diminuir a oferta e com um aumento da procura, o preço atinguia valores razoáveis. Pois é! Agora as reservas estão em baixo e é preciso parar algum tempo, durante a época de reprodução, para que a espécie posso recuperar até valores aceitáveis.
Como vão os tempos!
Também até à poucos anos, o tubarão era o terror dos mares, sem predadores. Agora, pescadores sedentos das suas barbatanas pescam-nos sem piedade. No fim, algumas vezes ainda vivos (e sem barbatanas claro!) são lançados novamente para o mar, onde, em terrível agonia, morrem!
Progresso dizem alguns! Outros, como eu, dizem barbaridade!
Até quando teremos atum?

Artigo original em:
Público
«Aprovado primeiro plano mundial para proteger atum da sobre-pesca
O plano foi aprovado no final de uma conferência internacional que decorreu nos últimos cinco dias em Kobe, no Japão.

O documento visa coordenar as políticas daqueles cinco organismos em matéria de controlo do comércio mundial do atum, através de sistemas de etiquetagem, da partilha de informações e da elaboração conjunta de listas negras de navios acusados de praticar pesca ilegal.

Os participantes nesta conferência reconheceram "a necessidade crítica de travar o declínio dos 'stocks' de atum e mantê-los a níveis sustentáveis".

Até agora, cada um dos cinco organismos mundiais de regulação da pesca do atum estabelecia as suas próprias cotas e dispunha de um sistema próprio de vigilância dos "stocks" de peixe. Os ecologistas criticam este sistema, que consideram demasiadamente fechado e ineficaz.

A conferência de Kobe reuniu pela primeira vez os cinco organismos de regulação mundial que operam no Atlântico, no centro-oeste do Pacífico e no Índico, a comissão inter-americana do atum tropical e a comissão de conservação do atum vermelho do sul. No total, estas organizações representam mais de 60 países.

Os "stocks" de atum estão em perigo de extinção comercial, sobretudo devido ao crescente interesse mundial pela cozinha japonesa, que usa muito o atum cru, nomeadamente para a preparação de pratos como o "sushi" e o "sashimi".

Segundo um recente relatório do Fundo Mundial para a Natureza, as reservas comerciais de atum poderão extinguir-se em apenas um ano nalgumas zonas, entre as quais o Mediterrâneo, devido ao excesso de capturas.»

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